PUBLICIDADE

Jornal: alvo de protestos diz que só fazia buscas na ditadura

28 mar 2012 - 08h25
(atualizado às 08h28)
Compartilhar

O delegado aposentado David dos Santos Araujo, que foi um dos alvos de um protesto contra acusados de tortura na segunda-feira, disse nesta terça que trabalhou na repressão da ditadura militar (1964-1985) a convite do Exército. "Fui trabalhar no serviço de busca, que não interroga ninguém, não mata ninguém". O movimento, organizado pela internet, promoveu manifestações em sete cidades contra ex-agentes acusados de torturar presos políticos. Araujo afirmou que trabalhou para impedir o avanço do comunismo. "Cumpri a minha obrigação para que não se instalasse neste País uma república comunista", disse. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O ato em São Paulo reuniu cerca de 150 pessoas em frente à empresa de Araujo. Ele afirmou que irá processar os manifestantes. Em 2010, o Ministério Público moveu ação contra o ex-delegado acusando-o de tortura. Segundo o MP, Araujo era chamado de "capitão Lisboa" e teria participado da tortura e do assassinato do militante Joaquim Alencar de Seixas no Doi-Codi, em 1971. A ação foi considerada improcedente com base na Lei da Anistia.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade