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Jaques Wagner visita cidade destruída por chuva na BA; nº de mortos vai a 16

9 dez 2013 - 17h11
(atualizado às 18h41)
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Governador da Bahia, Jaques Wagner, visita áreas atingidas pela chuva em Lajedinho
Governador da Bahia, Jaques Wagner, visita áreas atingidas pela chuva em Lajedinho
Foto: Roberto Viana/Bocão News / Divulgação

O governador da Bahia, Jaques Wagner, chegou no início da tarde desta segunda-feira à cidade de Lajedinho, na Chapada Diamantina, para avaliar as consequências do temporal que destruiu o município no último fim de semana. Ao chegar à localidade, Wagner foi recebido com a notícia de que o número de mortos em decorrência do mau tempo subiu para 16.

As novas quatro vítimas foram encontradas a mais de 15 quilômetros da sede de Lajedinho e, segundo o Corpo de Bombeiros, foram arrastadas pela força da correnteza do rio Saracura, e só puderam ser encontradas após a vazão das águas. Das vítimas, duas são crianças. A maioria dos mortos é de mulheres. Há ainda um desaparecido que, segundo os socorristas, tem poucas chances de ser encontrado com vida.

Wagner chegou à cidade acompanhado do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e do secretário nacional de Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior. Segundo o governador, a situação é "catastrófica" porque o número de mortos em relação à quantidade de moradores faz com que, proporcionalmente, a tragédia seja a mais séria em seus sete anos de governo. "Se fosse em Salvador, que tem 3 milhões de habitantes, é como se tivessem morrido 30 mil pessoas", comparou.

De acordo com o médico Ricardo Gouveia, assessor especial da Secretaria Estadual de Saúde, as primeiras preocupações da gestão na cidade são com os cuidados relativos às condições sanitárias de Lajedinho. Ele explicou que a Embasa, empresa pública de fornecimento de água, já retomou o abastecimento à cidade, mas que toda água deve ser tratada com hipoclorito antes de ser consumida para o caso de ter havido contaminação.

"Recomendamos a toda a população que trate a água adequadamente. Estamos também promovendo mutirões de vacinação para os afetados, além de cartilhas e orientação, especialmente a quem estiver cuidando dos desabrigados. A principal orientação é a de evitar formar aglomerações, promover tratamentos a grupos menores, para evitar contaminações. O hipoclorito está sendo distribuído gratuitamente", relatou.

Já o ministro da Integração alega que parte da cidade terá de ser, literalmente, remanejada e reconstruída. Para Francisco Teixeira, o canal que corta a cidade é muito pequeno e há uma série de habitações e até mesmo prédios públicos construídos muito próximos ao curso do riacho, que, apesar de não ser um córrego perene, quando transborda tem potencial de destruir toda a região.

Desta maneira, o canal deverá ser alargado e as habitações destruídas ou parcialmente atingidas deverão ser demolidas e reconstruídas em ouro local da cidade, em topografia mais alta. Não há uma previsão de preço para a obra, a qual deverá ser estimada após a confecção de um projeto por parte da área técnica do governo do Estado. O secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, estima que este plano deverá ficar pronto até a semana que vem.

Identificação das vítimas

Segundo a Polícia Civil da Bahia, 15 dos 16 mortos já foram identificados até a tarde desta segunda-feira. A identificação dos corpos é feita por meio de documentos pessoais ou reconhecimento de familiares sobreviventes, assim como pela análise da impressão digital. Duas pessoas continuam desaparecidas, segundo a polícia.

De acordo com a Defesa Civil, uma chuva intensa de quase duas horas foi suficiente para provocar inundações, destruir várias casas e deixar cerca de 70 famílias sem moradia. As águas também arrastaram veículos e inundaram várias das ruas da cidade. A prefeitura, que ainda não calculou as perdas materiais, instalou provisoriamente os desabrigados em uma escola municipal.

"Uma tromba d'água caiu entre as 11h da noite e 1h da madrugada", afirmou o vice-governador da Bahia, Otto Alencar. Segundo moradores da cidade, por estar localizada em uma depressão no fundo de um vale, Lajedinho tem constantes problemas com as chuvas.

Fonte: Especial para Terra
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