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Incêndio em depósito atinge rede elétrica e energia é cortada no RJ

23 mai 2013 - 17h22
(atualizado às 17h24)
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Ao menos uma pessoa morreu no incêndio
Ao menos uma pessoa morreu no incêndio
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A Ampla, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade de Duque de Caxias, informou que o incêndio ocorrido nesta quinta-feira no depósito de combustível da Transportadora Petrogold, na Baixada Fluminense, atingiu parte da rede elétrica da região.

Por medida de segurança, o fornecimento de energia foi interrompido nas proximidades do depósito. A concessionária ainda aguarda a autorização do Corpo de Bombeiros para recuperar o trecho da rede atingido e normalizar o serviço.

O incêndio de grandes proporções que atingiu o depósito matou um funcionário da empresa Petrogold, responsável pelo local. A morte do empregado foi confirmada pelo advogado da companhia, Fabio Calil, que não informou o nome da vítima.

Mais cedo, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, visitou o local do incêndio e afirmou que vai resolver o problema das empresas que guardam combustíveis e materiais inflamáveis de forma irregular na cidade. "Essas bombas-relógio que funcionam no município vão ser desarmadas", disse.

Segundo Cardoso, a empresa operava em Duque de Caxias sob uma liminar concedida pela Justiça e amparada por uma licença emitida pela prefeitura. Porém, de acordo com o prefeito, "o município não tem competência para dar esse tipo de licença. Então, vão abrir um inquérito para saber quem foi que deu esse tipo de licença", disse ele.

"Quem deu a licença cometeu um crime, e nós vamos passar esses dados para o Ministério Público, para o Ministério Público poder agir", afirmou. "A prefeitura vai fazer uma blitz pra fechar essas empresas em todo o município", disse Cardoso.

O prefeito prometeu cobrar da Petrogold os custos às pessoas atingidos. "A empresa vai ser responsabilizada pelos danos aos moradores", disse. Várias famílias tiveram que deixar suas casas devido ao avanço das chamas. A partir de sexta-feira, a prefeitura fará um levantamento sobre as perdas materiais devido ao incêndio. A preocupação da prefeitura agora é "dar tranquilidade" aos moradores, disse Cardoso.

'Foi um incêndio criminoso', diz Minc

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, também visitou o local do incêndio nesta tarde. "Foi um incêndio criminoso, e a empresa funcionava baseada numa licença de 2009 que não se sabe como foi dada. Essa empresa não vai voltar a funcionar", afirmou ele.

"Temos que desmontar essa máfia de adulteração de combustíveis", disse Minc. Ele reforçou as palavras do prefeito de que a licença da empresa vai ser cassada, e que o governo do Estado passará a não reconhecer mais a liminar.

"Só o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) tem a capacidade de dar uma licença para um tipo de empresa como essa funcionar, e ele não deu essa licença", afirmou Minc.

Local do incêndio

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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