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IDH de Porto Alegre é o mais estagnado das capitais; Palmas puxa crescimento

Porto Alegre registrou menor taxa de crescimento do índice de 1991 a 2010, caindo da 2ª para a 6ª posição entre as capitais

29 jul 2013 - 18h46
(atualizado às 19h12)
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Consideradas as áreas com menor poder econômico do Brasil, as Regiões Norte e Nordeste diminuíram consideravelmente a diferença em relação ao Centro-Sul brasileiro no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Divulgado nesta segunda-feira, o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o município de Palmas (TO) registrou a maior taxa de crescimento entre todas as 27 capitais brasileiras, de 1991 a 2010. Porto Alegre (RS), por outro lado, é a capital brasileira que apresentou a menor melhora no período.

O IDH avalia indicadores como educação, renda per capita e longevidade da população, em uma escala que varia de 0 a 1 - acima de 0,8, o índice é considerado muito alto. Em 1991, Palmas amargava o pior IDH entre as capitais, com 0,439. Porém, com uma elevadíssima taxa de crescimento de 79,5%, a cidade atingiu um índice de 0,788, saltando para a 10ª posição no ranking.

As primeiras colocações seguem ocupadas pelas capitais do Sul e do Sudeste do País, além de Brasília. Essas cidades, porém, apresentaram um crescimento muito inferior aos das regiões "periféricas" do Brasil - os maiores saltos ocorreram em Belo Horizonte (MG), que com 34,55% de crescimento do IDH passou da oitava para a quinta posição no ranking, e em Brasília, cujos 33,77% de crescimento garantiram a passagem da sétima para a terceira colocação.

Capital líder no ranking elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Florianópolis (SC) atingiu em 2010 o IDH  de 0,847, considerado "muito alto". A taxa de crescimento, porém, foi uma das menores registradas pela pesquisa, com variação de 24,38% desde 1991.

A única cidade com crescimento inferior ao de Florianópolis foi Porto Alegre (RS), que registrou a pior taxa do País - alta de 21,97%. Porém, ao contrário da capital catarinense, a estagnação de Porto Alegre teve efeito direto no ranking, fazendo a cidade despencar da segunda para a sexta posição, empatada com São Paulo, com IDH 0,805. De 1991 para 2010, a capital gaúcha foi ultrapassada por Vitória (ES), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).

Ranking das taxas de crescimento do IDH entre as capitais do Brasil
 

Capital

Taxa de crescimento
(de 1991 a 2010)

Posição em 1991

Posição em 2010

Palmas (TO) 79,50% 27 10
Rio Branco (AC) 49,90% 26 26
Porto Velho (RO) 48,69% 25 24
Teresina (PI) 47,54% 23 21
5 Maceió (AL) 42,21% 24 27
Boa Vista (RR) 42,16% 20 20
Manaus (AM) 41,46% 22 23
Aracaju (SE) 41,28% 19 15
Macapá (AP) 39,62% 21 25
10  Campo Grande (MS) 39,25% 13 12
11  João Pessoa (PB) 38,48% 17 13
12  Fortaleza (CE) 38,10% 18 19
13  Cuiabá (MT) 37,96% 12 11
14  São Luís (MA) 36,65% 15 16
15  Salvador (BA) 34,81% 14 18
16  Belo Horizonte (MG) 34,55% 8 5
17  Recife (PE) 34,03% 10 14
18  Brasília (DF) 33,77% 7 3
19  Natal (RN) 33,39% 11 17
20  Goiânia (GO) 33,17% 9 8
21  Belém (PA) 32,74% 15 21
22  Vitória (ES) 31,21% 3 2
23  Curitiba (PR) 28,59% 4 4
23  São Paulo (SP) 28,59% 6 6
25  Rio de Janeiro (RJ) 25,04% 5 8
26  Florianópolis (SC) 24,38% 1 1
27  Porto Alegre (RS) 21,97% 2 6
Fonte: Terra
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