PUBLICIDADE

Cidades

Homem prega juízo final em 2012 na Parada Gay de São Paulo

26 jun 2011 - 15h04
(atualizado às 15h34)
Compartilhar
Hermano Freitas
Direto de São Paulo

Dia 11 de dezembro de 2012, às 14h45. Neste dia o planeta Vênus explodirá, acabando com a vida na Terra, de acordo com a previsão do motorista Danilo de Matos, 48 anos, que pregava neste domingo na avenida Paulista, bem em frente ao parque Trianon, em plena Parada do Orgulho Gay. Em meio ao ruído ensurdecedor dos trios elétricos da festa, o religioso distribuiu um panfleto no qual divulga seus contatos de e-mail, Twitter, MSN e até o celular e recomenda estocar alimentos para a chegada do "armagedom".

"Isso aqui já era, a Terra vai ficar igual a Marte e lá em cima ninguém vai por a mão no fogo por ninguém!", advertiu. Definindo-se como um pregador autônomo, nem católico nem evangélico, Danilo afirma que sua missão é "particular". "Minha missão é particular e de amor ao próximo", disse. Ele demonstrou patriotismo, afirmando que sua meta é que todos os 190 milhões de brasileiros alcancem o "Reino de Deus". Disse ainda que um Estado da federação tem uma posição privilegiada em relação aos outros. "Minas Gerais é nossa arca da aliança."

Questionado sobre sua presença em um evento de reivindicações do público LGBT, ele disse que não condena a relação homoafetiva porque "o pecado não existe". "Isso foi criado pelo homem, que não entende os mecanismos de Deus para transmitir sua palavra e interpreta a bíblia errado." Entre as recomendações de seu panfleto, está a formação de estoques de alimentos não perecíveis como "arroz, feijão, óleo e leite em pó" em garrafas PET "vazias e limpas".

O panfleto de Danilo descreve com detalhes como deverá ser o juízo final. De acordo com o texto, "a luz que sairá do núcleo do Planeta Vênus cobrirá todo o Planeta Terra", transformando a todos os justos em "seres celestiais e eternos".

Além de pregar o fim do mundo, Danilo disse que não condena a relação homoafetiva
Além de pregar o fim do mundo, Danilo disse que não condena a relação homoafetiva
Foto: Eladio Machado / Terra
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade