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Grupo 'lava' calçada do TJ-RJ contra prisões de ativistas

22 jul 2014 - 19h57
(atualizado às 20h02)
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Grupo lava a calçada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em ato contra a prisão de ativistas
Grupo lava a calçada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em ato contra a prisão de ativistas
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Um grupo de ativistas políticos promoveu, no final da tarde desta terça-feira, uma lavagem simbólica da calçada em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Eles protestaram contra a prisão de manifestantes, acusados de participarem de atos violentos e indiciados pela Polícia Civil por associação criminosa.

Os ativistas usaram água sanitária e desinfetante, em alusão à prisão do morador de rua Rafael Braga. Detido desde o ano passado no Complexo Penitenciário de Bangu, Rafael Braga foi acusado de estar portando um coquetel-molotov durante protesto de rua. No entanto, há informações que ele estava carregando produtos de limpeza.

Com palavras como "Presos políticos, Liberdade já. Lutar não é crime, vocês vão nos pagar", os manifestantes discursaram em frente ao TJ e criticaram a decisão judicial, em que foi decretada a prisão preventiva dos ativistas.

Grupo lava a calçada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em ato contra a prisão de ativistas
Grupo lava a calçada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em ato contra a prisão de ativistas
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Dezenas de cartazes e faixas foram estendidos na calçada, pedindo a libertação dos manifestantes, presos no dia 12 de julho, antes da final da Copa do Mundo. Ele foram liberados por decisão do desembargador Siro Darlan, que acatou pedido de habeas corpus, mas as prisões foram decretadas novamente, desta vez, preventivamente.

O protesto chamou a atenção do aposentado José Maria de Oliveira, 88 anos, que contou ter sido preso e torturado durante a ditadura militar. "Foi um julgamento político contra esses jovens, puramente para amedrontar a juventude brasileira", disse, ao relatar ter sofrido torturas, junto com a esposa, por atuar em uma organização de esquerda.

Após o ato, o grupo decidiu seguir em passeata até a Cinelândia.

Agência Brasil Agência Brasil
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