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Grupo de parlamentares visita bombeiros presos no Rio

9 jun 2011 - 14h22
(atualizado em 10/6/2011 às 11h39)
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Parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados visitaram os bombeiros presos no hospital da corporação e no quartel do Méier, no Rio de Janeiro. O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira.

Bombeiros distribuem fitas vermelhas a pedestres em sinal de apoio ao movimento grevista
Bombeiros distribuem fitas vermelhas a pedestres em sinal de apoio ao movimento grevista
Foto: Guto Maia / Futura Press

Confira o salário dos bombeiros em cada Estado do País

Mais tarde, os deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Dr. Aluízio (PV-RJ), Mendonça Prado (DEM-SE) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP) ainda realizam um encontro com líderes do movimento que estão sob custódia no Grupamento Especial Prisional em São Cristóvão. Na sequência, o destino será o quartel de Charita,s onde 430 dos 439 militares estão presos. O fim da agenda será na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em um encontro com os manifestantes acampados nas escadarias.

Ainda está previsto para esta quinta-feira uma visita do presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Pedro de Jesus, à primeira-tenente enfermeira Lucrécia Belo Fonseca, que está sob custódia no Méier - ela participou da invasão do quartel central.

Manifestantes só aumentam na Alerj

O grupo de bombeiros acampados nas escadarias da Alerj não para de crescer. Na manhã desta quinta-feira, quinto dia consecutivo de protestos, mais barracas e militares puderam ser vistos protestando por melhores salários e a liberdade dos 439 colegas presos após a invasão do quartel central, ocorrida na noite da última sexta-feira.

Nesta manhã, mais 100 bombeiros chegaram às escadarias da Alerj. Uma cozinha improvisada no início da semana também aumentou para ajudar na alimentação dos companheiros. Pessoas que passam pelas ruas manifestam apoio aos bombeiros e a expectativa é que o número aumente à tarde, já que manifestações ocorreram em várias partes do Rio durante a manhã.

Protestos em Caxias e Botafogo,br>Bombeiros realizaram protestos Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, próximo ao quartel da corporação. O grupo saiu em passeata até o centro do município, na praça do Pacificador. Em Botafogo, na capital, militares estenderam uma grande faixa e distribuíram fitas vermelhas em frente ao Botafogo Praia Shopping. Eles farão uma caminhada até a Alerj para encontrar os companheiros.

O protesto em Botafogo foi interrompido por alguns momentos em decorrência de um acidente com um motoqueiro, que precisou de atendimento. Marco de Araujo, 30 anos, foi socorrido pelos militares e levado para o Hospital Miguel Couto.

Na Leopoldina, um bombeiro que estava a caminho do quartel fez um parto em uma mulher. Ele levou a mãe e o bebê para o Hospital Maternidade Praça XV. O estado de saúde da mulher e do bebê é bom.

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como escudo humano para impedir a entrada da cavalaria da Polícia Militar no local. No entanto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar (Bope) invadiu o quartel por volta das 6h do dia seguinte e prendeu 439 bombeiros.

Os integrantes do protesto responderão pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro). Dados oficiais apontam que os manifestantes danificaram viaturas, arrombaram portas do quartel e saquearam alimentos.

A situação vinha se tornando mais tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo eles, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.

Fonte: O Dia
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