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Greve de ônibus continua na Grande São Paulo nesta sexta

23 mai 2014 - 06h43
(atualizado às 14h59)
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Viação Osasco, da EMTU, entrou em greve nesta semana
Viação Osasco, da EMTU, entrou em greve nesta semana
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Três empresas de ônibus da Grande São Paulo continuaram, nesta sexta, a paralisação que vem atingindo a região metropolitana desde a última terça-feira.  Ao todo, dez cidades são prejudicadas pela greve.

Em Diadema, toda a frota da empresa Mobi Brasil ficou na garagem no início da manhã de hoje. A empresa atende a cerca de 90 mil passageiros por dia, das cidades de Diadema e São Bernardo do Campo. De acordo com a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), ônibus de três empresas foram acionados por um plano de emergência para atender linhas que levam até o terminal Jabaquara, Shopping Morumbi , estação Berrini, terminais Santo Amaro e Piraporinha e estação Saúde.

Em Osasco, a Viação Osasco também continuou a paralisação. A empresa opera nas cidades de Osasco, Carapicuíba, Barueri, Santana de Parnaíba, Itapevi, Jandira, Cotia e Pirapora do Bom Jesus. Não há informações de nenhuma ação de emergência para atender às linhas paralisadas.

Já a Urubupungá, que opera em Osasco e Carapicuíba, iniciou a operação desta sexta com atraso, apenas com a presença da Polícia Militar. Por volta das 10h, 30% dos ônibus da Urubupungá continuavam nas garagens. No início da tarde, esse número caiu para apenas 10%.

Ontem, uma audiência entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de São Paulo (Setmetro) e o Sindicato dos Motoristas de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Osasco e Região terminou sem acordo.

Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial, proposta que não foi aceita pelas empresas. O TRT propôs retorno imediato dos trabalhadores ao serviço, permanecendo apenas em estado de greve; formação de comissão paritária para discutir o intervalo na Viação Osasco; reajuste salarial de 8%, incluindo no percentual o reajuste de produtividade, aplicável a todas as cláusulas econômicas. A proposta agora será levada à assembleia para deliberação da categoria.

Capital

Na capital paulista, ficou decidido que a abusividade da greve dos rodoviários no município de São Paulo será julgada na próxima segunda-feira pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. Nesta quinta-feira, terminou sem acordo a sessão de conciliação entre o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo e o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo. Apesar de não entrarem em consenso, os dois sindicatos informaram que a paralisação de motoristas e cobradores foi encerrada na capital paulista. 

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) manifestou-se nesta quinta-feira a favor da declaração de abusividade da greve dos rodoviários da capital paulista. O órgão requereu o desconto dos dias parados e a fixação de indenização a título de dano moral coletivo.

Apesar do fim da paralisação, a desembargadora do Trabalho, Rilma Hemetério, manteve a liminar concedida na noite de quarta-feira, que determina a manutenção da atividade de 75% do total de linhas em operação, sob pena de multa diária. O valor da multa, bem como a apreciação da legalidade da greve serão definidos pelo Tribunal depois do voto do desembargador-relator.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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