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Caminhoneiros fazem paralisação em 4 rodovias federais no RS

Protestos ocorrem depois da falta de acordo com o governo federal sobre a criação de uma tabela de frete mínimo

23 abr 2015 - 09h48
(atualizado às 13h25)
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Caminhão apedrejado pelos manifestantes
Caminhão apedrejado pelos manifestantes
Foto: PRF-RS / Divulgação

Caminhoneiros fazem manifestações em pelo menos quatro rodovias federais do Rio Grande do Sul desde o início da madrugada desta quinta-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas caminhões estão sendo impedidos de passar pelos pontos de bloqueio.

Ao menos um caminhão foi apedrejado ao tentar furar uma das barreiras, mas episódios semelhantes teriam se repetido durante a noite.

De acordo com a PRF os pontos de bloqueio estão localizados na BR 101, em Três Cachoeiras, na BR 386, em Lajeado, na BR 285, em Ijuí, e na BR 470, em Veranópolis.

O protesto ocorre no dia seguinte à reunião entre caminhoneiros e o governo quando foi discutida a aprovação de uma tabela com frete mínimo. No entanto, o encontro terminou sem acordo, e representantes da categoria deixaram o local prometendo as paralisações.

Pelo menos quatro rodovias federais foram bloqueadas no Rio Grande do Sul
Pelo menos quatro rodovias federais foram bloqueadas no Rio Grande do Sul
Foto: PRF-RS / Divulgação

Em uma reunião anterior, realizada no dia 26 de março, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, pediu prazo para analisar a proposta de criação de uma tabela de frete mínimo. Mas no encontro de ontem, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto rejeitou a medida, o que fez com que os caminhoneiros deixassem a reunião gritando: “O Brasil vai parar”.

Foto: PRF-RS / Divulgação

A tabela era a esperança da categoria para amenizar os custos de operação, uma vez que o governo federal já havia rejeitado a possibilidade de reduzir o preço do óleo diesel.

A tabela aumentaria o valor do frete em cerca de 30%, que segundo os caminhoneiros amenizaria as oscilações do mercado. “Essa tabela garantiria a cobertura de todos os gastos do transporte. Caso algum problema venha a acontecer no agronegócio, por exemplo, que não seja o transporte a pagar por isso. Que não possa ser contratado um frete abaixo do custo. Essa é uma tabela de custo e não de lucratividade”, explicou Gilson Baitaca, representante dos caminhoneiros autônomos em entrevista à Agência Brasil.

Fonte: Terra
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