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Cidades

Governo dá ultimato e oferece novas áreas para abrigar índios do Maracanã

Secretário de Assistência Social afirma que governo não vai abrir mão do prédio do antigo Museu do Índio, ocupado por indígenas

21 mar 2013 - 17h38
(atualizado às 17h42)
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<p>Indígenas prometem resistência a ordem de despejo de terreno próximo ao Maracanã</p>
Indígenas prometem resistência a ordem de despejo de terreno próximo ao Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O impasse entre os ocupantes do antigo imóvel do Museu do Índio, ao lado do estádio do Maracanã, e o governo do Rio de Janeiro continua. Com autorização da Justiça para retirar os índios do local, o secretário estadual de Assistência Social, Zaqueu Teixeira, disse nesta quinta-feira que o governo não vai abrir mão de esvaziar o terreno, e ofereceu três novas áreas onde os indígenas possam se instalar.

Teixeira garantiu que um terreno em Jacarepaguá, onde várias tribos se instalaram durante a conferência Rio+20, em junho do ano passado, será disponibilizado para os índios que estão na área do Maracanã. Outras opções são um espaço à parte no abrigo Cristo Redentor, em Bonsucesso, zona norte do Rio, e uma área ao lado do barracão de obras da Odebrecht, a alguns metros do estádio. "Oferecemos tudo para que isso fosse resolvido. É a última proposta, não tem mais o que ofertar. Nossa parte é buscar a resolução da forma mais pacífica possível", afirmou Teixeira.

O secretário informou que pediu ao defensor público que acompanha o caso para que os índios formassem uma comissão, para avaliar a nova proposta. Segundo Teixeira, até o fim da tarde de hoje, não foi travado qualquer diálogo. "Marcamos às 10h para discutir isso aqui, e até agora, às 17h, não foi enviada uma comissão organizada para conversar", observou Teixeira.

Anteriormente, o governo tinha oferecido vagas para os índios em um hotel no centro do Rio. Outra opção seria o pagamento do benefício de R$ 400, como forma de aluguel social. Os indígenas rejeitaram essas propostas.

Representantes dos índios indicaram que não pretendem aceitar a proposta. Eles não querem que o imóvel seja transformado em um Museu Olímpico, conforme a última proposta do governo estadual. Teixeira ressaltou que não há possibilidade de o projeto do Museu Olímpico ser abortado.

Teixeira não poupou críticas à Fundação Nacional do Índio (Funai), que, segundo ele, jamais participou de qualquer negociação. "A Funai se omitiu o tempo todo, fazendo com que não tivéssemos apoio e acompanhamento necessário nas negociações que temos travado com os índios", comentou.

Fonte: Terra
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