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GO: polícia da Assembleia e professores entram em confronto

Servidores que protestavam tentaram entrar na Assembleia, mas foram contidos pelos policiais

26 mai 2015 - 22h21
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A Polícia Legislativa da Assembleia de Goiás e um grupo de cerca de 15 professores entraram em confronto no final da tarde desta sexta-feira (26). Os professores, membros de um grupo chamado Mobilização de Professores de Goiás, já haviam protestado nas galerias da Assembleia, gritando palavras de ordem contra os deputados, o que provocou a suspensão da sessão plenária da tarde.

GO: professores ficam feridos após ação da polícia:

Os professores da rede estadual estão em greve, mas o Movimento alega não fazer parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), e estariam lá para protestar contra o que consideram retirada de direitos adquiridos pela categoria. Após o protesto nas galerias, os professores foram para a parte externa da sede da Assembleia e se vestiram com sacos de lixo. Retornaram e tentaram entrar no prédio, mas foram impedidos pela Polícia Legislativa. Os servidores não aceitaram, tentaram furar o bloqueio e, neste momento, começou a confusão, que terminou com agressões físicas.

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João Coelho, um dos professores envolvidos no episódio, alega que os professores foram agredidos e disse que faria um boletim de ocorrência. "Sou funcionário do governo do Estado e tenho o mesmo direito de freqüentar essa casa, assim como a polícia, que tem que incentivar que o debate político aconteça, e não reprimir, bater nas pessoas, como aconteceu", disse.

A professora Ana Flávia Veloso, que aparece no vídeo gravado pelo Terra sendo jogada no chão por um policial, garantiu que também prestará queixa . "Fui agredida. Levei uma gravata, me derrubaram no chão, bati a cabeça e levei spray de pimenta no rosto", relatou.

O tumulto só foi contido por um cordão de isolamento feito pela Polícia Militar (PM). O tenente coronel André Henrique Avelar de Sousa, assistente policial militar da Assembléia Legislativa, defendeu que o caso seja investigado. "A Polícia Legislativa é responsável pela segurança interna. A PM agiu, buscando promover a ordem e a segurança aqui na frente. Não vou definir, nesse momento, se houve excesso", declarou.

Já Cleyton Barros, sub-chefe da Polícia Legislativa, acusado pelos professores de agredir a professora Ana Flávia, negou que houve excessos. "Os visitantes, que se dizem professores, a gente não sabe ainda, se exaltaram um pouco”, segundo disse Barros. “A informação que tenho é que começou com alguém nosso levando um soco. Não posso afirmar isso, mas tenho a informação que começou assim. Acho que houve excesso da parte deles, que provocam demais", declarou, assegurando que a orientação da Polícia Legislativa é nunca revidar, e que os policiais não portam spray de pimenta.

Em nota, a presidência da Assembleia de Goiás lamentou o incidente, esclarecendo que já havia suspendido os trabalhos da sessão ordinária, durante o pequeno expediente, justamente em razão de tumulto provocado pelo grupo quando estava na galeria do plenário, pouco antes dos deputados procederem no auditório anexo a instalação da Comissão de Ética.

"A Mesa Diretora, por meio do presidente Helio de Sousa (DEM), lamenta o ocorrido e tomará todas as providências para esclarecer responsabilidades e as medidas necessárias para evitar que fatos dessa natureza voltem a ocorrer", diz a nota. "Estes manifestantes, alguns encapuzados, tentaram invadir a Assembleia Legislativa, provocando tumulto. Na defesa do Parlamento, a Polícia Legislativa tentou conter o grupo, resultando em confronto físico". Afirmou ainda que a Polícia Legislativa "não se vale de nenhum tipo de armamento ou qualquer instrumento defensivo".

Segundo a presidência da Assembléia, o Chefe da Polícia Legislativa, José Luzia, foi agredido enquanto tentava conter os manifestantes, e, orientado pela Polícia Militar, foi à Delegacia registrar o Termo Circunstancial de Ocorrência e a realizar exame de corpo de delito.

Fonte: Especial para Terra
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