Furacão Catarina, que devastou Região Sul, completa 10 anos
A passagem do furacão Catarina pelo Brasil está completando 10 anos nesta sexta-feira. O fenômeno atingiu a região entre o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul na noite entre os dias 27 e 28 de março de 2004, quando os ventos alcançaram mais de 150 quilômetros por hora. Hoje, uma década após o ocorrido, o Catarina ainda registra sua marca. O fenômeno incentivou novas pesquisas, investimentos e ações preventivas. "Um sistema como esse até pode se formar novamente", afirmou a meteorologista da Climatempo Patrícia Madeira. "Com a tecnologia e evolução, a previsão seria bem mais precisa", disse.
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Único furacão a se formar em águas do oceano Atlântico Sul até hoje, o Catarina causou dúvidas entre os meteorologistas na época. "No meio da semana, observaram um sistema de baixa pressão muito intenso sobre o oceano, mas que era considerado um ciclone", afirmou Patrícia. Segundo ela, a discussão ia além de saber se era um ciclone ou um furacão. O fato é que havia um risco para a costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com a entrada desse novo sistema.
Em junho de 2005, um ano após o evento meteorológico, o impasse foi resolvido. Houve uma reunião no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com pesquisadores brasileiros e instituições internacionais, que classificaram o Catarina como um furacão de nível 1 – o mais fraco de uma escala que vai até 5. Segundo a Climatempo, os prejuízos passaram de R$ 1 bilhão, na época. No mar, as ondas alcançavam cinco metros de altura. Milhares de casas foram destruídas e centenas de pessoas ficaram desabrigadas.