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Funcionários dos Correios anunciam greve a partir desta 3ª

Categoria deve manter paralisação pelo menos até quarta-feira; segundo direção da empresa, greve é considerada "injustificada"

24 jun 2014 - 12h30
(atualizado às 16h08)
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O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP) anunciou que os funcionários irão paralisar as atividades a partir das 22h desta terça-feira.

A paralisação, motivada por más condições de trabalho, afetará as regiões da capital, de Sorocaba, de Bauru e do ABC. Trabalhadores dos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Rio Grande do Norte também participarão da greve.

De acordo com o diretor de imprensa Douglas Melo, a paralisação deve prosseguir nesta quarta-feira por tempo indeterminado. "A greve é feita após várias negociações e com reuniões no Ministério do Trabalho onde procuramos de diversas maneiras negociar com a empresa, mas só obtivemos respostas meio evasiva", alegou Melo.

Hoje, às 19h, a categoria faz assembleia no CMTC Clube. Entre as reivindicações estão a ampliação das escoltas armadas para atender todas as regiões consideradas de risco; o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); e o fim das horas extras, além do acréscimo no quadro de trabalhadores.

"A empresa reduziu o número de carteiros e aumentou o de ruas. O número de carteiros não dá conta das entregas devido à quantidade de afastamentos médicos decorrentes do excesso de trabalho", salientou Melo.

A direção dos Correios considera a greve "injustificada" e argumenta que realizou investimentos recentes em prol da qualidade e segurança dos funcionários. "A paralisação anunciada é injustificada. (...) Nos últimos três anos, os Correios investiram mais de R$ 1 bilhão na melhoria das condições de trabalho. Além disso, contrataram mais de 20 mil novos trabalhadores por concurso público, sendo a maior parte carteiros."

Os Correios defendem que foram implementadas medidas de segurança, como o uso de escolta armada e rastreamento de veículos e encomendas em áreas de risco, e que há negociação permanente entre os dirigentes e os líderes sindicais.

Fonte: Terra
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