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Exército deve fechar trecho de praia durante leilão de Libra no Rio

18 out 2013 - 14h44
(atualizado às 14h44)
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O Exército prevê a interdição de um trecho da Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, durante a 1ª Rodada de Licitação do Pré-sal, na próxima segunda-feira. O leilão será realizado no Hotel Windsor Barra, que fica em frente à praia, na avenida Lúcio Costa.

Segundo nota divulgada pelo Comando Militar do Leste, o comando regional do Exército responsável pelo Rio de Janeiro, o trecho de praia próximo ao hotel poderá ser fechado a banhistas. Os militares também orientam moradores da região a andar com o comprovante de residência, já que bloqueios serão realizados em algumas vias e o acesso só será permitido a pessoas cadastradas ou moradores que comprovem sua situação.

O esquema, que vai durar 48 horas, começa na madrugada de domingo e se estende até o final da noite de segunda-feira, envolvendo homens do Exército, da Marinha, da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal e outros agentes públicos.

Serão empregados 1.100 homens, em um perímetro de cerca de 5 quilômetros, englobando região entre as avenidas Lúcio Costa, Érico Veríssimo, Armando Lombardi, Canal de Marapendi e Afonso Arinos de Melo Franco (Alameda das Palmeiras).

De acordo com o Comando Militar do Leste, a participação das Forças Armadas será "em caráter episódico e temporário, em ações de garantia da lei e da ordem, para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio, em estreita coordenação com outros órgãos de segurança pública, atendendo à solicitação do governador do Estado".

Exército vai atuar para garantir a lei, diz Amorim

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou hoje que a atuação das Forças Armadas na proteção ao leilão do Campo de Libra garantirá o cumprimento de lei aprovada pelo Congresso Nacional. "Se não houvesse necessidade, não nos teriam chamado", disse Amorim, ao comentar a solicitação de reforço pelo governo do Rio, que está preocupado com a ocorrência de protestos para impedir o evento.

"O governador (Sérgio Cabral) pediu o apoio das Forças Armadas porque considerou que as forças do Estado não eram suficientes e isso está previsto na Constituição", declarou Amorim. "Estaremos lá (no leilão), com esse objetivo, é uma situação excepcional", disse, após palestra no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Apesar dos protestos que questionam a participação de empresas estrangeiras no leilão, o ministro Amorim disse durante a palestra que o leilão foi aprovado democraticamente. "É legítimo ter opinião diferente da maioria do Congresso Nacional. Vivi 21 anos em governo autoritário e acho que a existência do Congresso é importante. Minha resposta se baseia no respeito à lei", pontuou, sob vaias da plateia.

Protestos contra a licitação estão sendo feitos em várias partes do país. Em São Paulo, na manhã de hoje, durante três horas, o saguão do prédio da Petrobras na capital paulista foi ocupado por sindicalistas e trabalhadores ligados à indústria do petróleo. Ontem, entidades do movimento social ocuparam o Ministério de Minas e Energia. Contra o leilão, o primeiro do pré-sal, também estão em greve os empregados da estatal.

Agência Brasil Agência Brasil
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