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Cidades

ES: manifestantes e polícia entram em confronto em frente à Assembleia

15 jul 2013 - 22h19
(atualizado em 16/7/2013 às 08h58)
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Manifestantes e policiais militares entraram em confronto nesta segunda-feira em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo depois que os deputados votaram pela derrubada do projeto que acabaria com o pedágio na Terceira Ponte, entre Vitória e Vila Velha. A confusão começou na porta da Assembleia. A polícia só permitiu que 60 manifestantes acompanhassem, no plenário, a votação. Os manifestantes forçaram a entrada e a polícia jogou gás lacrimogêneo. Três pessoas foram detidas. As informações são do Jornal Nacional.

Os parlamentares decidiram arquivar o decreto por 16 votos a 11. O fim do pedágio na ponte é motivo de muitos protestos em Vitória. A tarifa diminuiu de R$ 1,90 para R$ 0,80 no final de semana, mas os manifestantes afirmam que o investimento para fazer a ponte já foi pago e não deve haver cobrança. O governo do Estado anunciou que vai fazer uma auditoria para avaliar se a cobrança é justa ou não.

Protestos contra tarifas 
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas. 

Colaborou com esta notícia a internauta Cristina Romão, de Serra (ES), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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