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Cidades

EPTC: malha viária de Porto Alegre está esgotada e bicicleta é alternativa

4 set 2012 - 07h43
(atualizado às 07h48)
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Letícia Heinzelmann
Direto de Porto Alegre

Vanderlei Cappellari disse que a prefeitura quer incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte
Vanderlei Cappellari disse que a prefeitura quer incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte
Foto: Letícia Heinzelmann / Terra

O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre (RS), Vanderlei Cappellari, disse ao Terra que a prefeitura trabalha com a estratégia de incentivar o uso da bicicleta para reduzir o gargalo no trânsito. "A frota de veículos já ultrapassou os 740 mil, e não tem mais como ampliarmos o viário. A malha viária é a que está aí. Apenas com algumas obras agora da matriz da Copa, que vão melhorar pontualmente em alguns locais. É com o incentivo da bicicleta como meio de transporte que a gente está trabalhando, com a construção das várias ciclovias que estão sendo executadas, como, por exemplo, as avenidas Edvaldo Pereira Paiva, a Tronco, a Sertório, a Ipiranga, a Voluntários da Pátria, a Severo Dulius; são todos projetos elaborados e em execução. Hoje, a decisão política estratégica da prefeitura é que todas as duplicações de via ou vias novas devem, no projeto, constar uma ciclovia."

Veja os desafios que os ciclistas enfrentam nas cidades

Cappellari acompanhou, na noite desta segunda-feira, a apresentação à comunidade do bairro Cidade Baixa da proposta de ciclofaixa para a rua José do Patrocínio, onde 17 ciclistas foram atropelados em fevereiro de 2011 pelo servidor público Ricardo Neis. Cerca de 80 pessoas, entre ciclistas, moradores, comerciantes e lideranças políticas acompanharam a reunião, na qual um dos assuntos abordados foi a eliminação do estacionamento na faixa à esquerda da via, que seria reservada às bicicletas. O gerente de Projetos da EPTC, Antônio Vigna, apresentou um modelo de maquete da ciclofaixa.

Críticas à redução de IPI

Vigna afirmou que também é usuário da bicicleta para se locomover na cidade e disse que é preciso mudar a cultura do automóvel. "É preciso que haja mais tolerância, que se crie uma cultura da bicicleta, do transporte coletivo, de ir a pé. Hoje, aqui mesmo na José do Patrocínio, vemos que a maioria dos carros é ocupada apenas pelo motorista. A frota dobrou nos últimos 10 anos, e o governo federal também não colaborou com essa medida de reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros", criticou.

"Precisamos criar alternativas de mobilidade na cidade, principalmente no caso da bicicleta, que é um meio bastante adequado: ocupa menos espaço, não polui, tem toda uma série de vantagens", completou Cappellari.

Fonte: Terra
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