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Empresa diz que fecha Parque Augusta para preservar árvores

Presidente da Setin afirma que portões serão abertos apenas após a aprovação de projeto imobiliário pela Prefeitura

5 mar 2015 - 17h33
(atualizado às 20h45)
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Manifestantes protestam em terreno no centro de São Paulo pela criação do Parque Augusta
Manifestantes protestam em terreno no centro de São Paulo pela criação do Parque Augusta
Foto: Janaína Garcia / Terra

O presidente da construtora Setin, Antônio Setin, afirmou, nesta quinta-feira (5), que o registro de matrícula do terreno conhecido como Parque Augusta determina que a área deva ficar aberta ao público apenas após a aprovação, pela Prefeitura, do emprrendimento imobiliário. Ele disse que, enquanto não houver a aprovação, deixará os portões fechados para preservar a vegetação: "A propriedade é privada, com um bosque tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), em que os proprietários têm a obrigatoriedade de manter sua integridade, como está sendo feito até então". A entrevista foi concedida à Rádio CBN.

O promotor Silvio Marques, em entrevista à mesma rádio, afirmou que um acordo firmado entre o então proprietário do terreno e a Prefeitura, em 1986, determina que os portões da área devem ficar abertos no período diurno, que nenhuma árvore pode ser retirada do local e apenas um empreendimento hoteleiro pode ser construído ali. Para o promotor, "a penalidade para este tipo de situação (descumprimento das cláusulas) é justamente a perda do imóvel maior".

PM proíbe vizinhos do Parque Augusta de voltarem para casa:

O empreendimento planejado para ser construído ali engloba escritórios, lojas, residências e hotel. "Esse projeto é um projeto extremamente moderno. Ele não tem muros para as três ruas, as pessoas poderão entrar no parque pelas duas ruas, pela rua Augusta inclusive. Ele contempla hotel, contempla escritórios, ele contempla um pequeno mall (shopping): cafés, restaurantes, farmácias, banco. Ele contempla uma torre com estúdios, residências de um, dois e três dormitórios. Então é um empreendimento que tem a vocação da região", disse Antônio.

Ele afirmou ainda que o plano da construtora é transformar mais da metade da área em parque aberto ao público. "O nosso projeto contempla mais de 60% do terreno em parque e praça feito por nós, pela iniciativa privada, sem nenhum custo para a Prefeitura, com equipamentos mais modernos, como wi-fi, espaço pet, etc. Inclusive, a gente pretende entregar, combinado já com a Prefeitura, antes do início das obras do empreendimento".

Fonte: Terra
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