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Cidades

Professores municipais marcham em SP e decidem manter greve

27 mai 2014 - 17h12
(atualizado às 21h30)
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Professores marcham rumo a prefeitura
Professores marcham rumo a prefeitura
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press

Em greve desde o dia 23 de abril, cerca de 2 mil professores da rede municipal de ensino de São Paulo, segundo cálculo da Polícia Militar, participaram nesta tarde de uma passeata pelas ruas do centro da capital paulista. Depois de se concentrarem no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores decidiram, mesmo com a chuva, percorrer a rua da Consolação em direção à prefeitura.

Os manifestantes interditaram quatro das oito faixas da avenida Paulista e interromperam o trânsito de um dos lados da rua da Consolação. Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Simpeem), os profissionais reivindicam a incorporação de um bônus complementar ao salário, a valorização profissional e melhorias nas condições de trabalho. Eles também pedem que os profissionais em greve não sejam punidos com o corte da folha de ponto.

A prefeitura aceitou nesta terça-feira receber uma comissão de professores para negociar o fim da paralisação. Após a reunião, os grevistas fariam uma assembleia em frente ao prédio, na região do viaduto do Chá, para decidir se voltam ao trabalho.

Greve permanece

Professores e representantes da prefeitura não chegaram a um acordo, em reunião realizada na sede do Executivo local. Em assembleia feita logo depois do encontro, os professores decidiram manter a paralisação.

Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Simpeem), os profissionais reivindicam a incorporação de um bônus complementar ao salário, valorização profissional e melhorias nas condições de trabalho. Eles também pedem que os profissionais em greve não sejam punidos com o corte na folha de ponto.

Mais cedo, em torno de 7 mil professores - segundo números finais da Polícia Militar - fizeram passeata pelas ruas do centro da capital paulista. A adesão à greve, segundo o sindicato, é de 30% a 40% da categoria.

Diálogo aberto

À noite, a prefeitura divulgou nota na qual assegura que tem mantido diálogo aberto com os representantes dos sindicatos e apresentado propostas que visam a valorização das carreiras no setor público, “privilegiando os reajustes e reestruturações setoriais, de forma a corrigir distorções”. De acordo com a nota, a prefeitura já encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei que eleva em 15,38% o piso salarial dos professores, gestores e quadro de apoio à educação da rede municipal.

Diz também que “com a medida, o município passará a pagar - segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - um dos maiores pisos salariais da categoria. O reajuste proposto eleva, por exemplo, o piso dos professores de nível superior, com jornada semanal de 40 horas/aula, de R$ 2.600 para R$ 3.000”.  A prefeitura ressaltou que já concedeu, em 2013, reajuste de 10,19% aos professores.

Agência Brasil Agência Brasil
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