PUBLICIDADE

Desabamentos: prefeitura contratará empresa para separar pertences

1 fev 2012 - 11h56
(atualizado às 22h02)
Compartilhar

A prefeitura do Rio de Janeiro informou que vai contratar uma empresa para separar, dos escombros dos três prédios que desmoronaram no centro do Rio, pertences de pessoas que trabalhavam nesses edifícios. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o trabalho de separação do entulho só será iniciado depois que os bombeiros encerrarem as buscas por desaparecidos.

Lembre desabamentos que chocaram o Brasil

Os entulhos estão sendo mantidos no depósito da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), empresa municipal de limpeza do Rio, localizado na rodovia Rio-Petrópolis. A Associação de Vítimas da Treze de Maio (avenida onde ficavam os prédios que desabaram, no centro do Rio) mantém desde esta terça-feira um representante no local.

A advogada Simone Argolo, que trabalhava no Edifício Liberdade, o maior deles, está preocupada com a demora na recuperação de pertences como discos rígidos de computadores. "O material está se deteriorando. As pessoas estão desesperadas atrás de HDs, discos rígidos de computadores, documentos. Ainda é possível encontrar alguma coisa. Mas esse material está exposto ao tempo, às chuvas", disse a advogada.

Os bombeiros ainda buscam cinco corpos que podem ter sido levados, equivocadamente, ao depósito da Comlurb, junto com os entulhos. Até ontem, dez pedaços de corpos haviam sido encontrados nos destroços pelas equipes de busca.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, pelo menos 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade