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Desabamentos: cerca de 45 mil t de entulho já foram retiradas

30 jan 2012 - 11h56
(atualizado às 12h05)
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Cerca de 45 mil t de entulho já foram retirados do local onde três prédios desabaram na semana passada no centro do Rio, de acordo a Secretaria Municipal de Obras. A Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconserva) realizou serviços de manutenção e limpeza nas avenidas Treze de Maio e Almirante Barroso. A operação incluiu a pavimentação das calçadas em pedras portuguesas, reposição de fradinhos e tampões de bueiros e desobstrução do sistema de drenagem.

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Também foi feita a manutenção dos pontos de iluminação pública, a retirada de lama e a lavagem das pistas, calçadas, fachadas e placas de sinalização. O trabalho foi realizado por 50 homens da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), Coordenadoria Geral de Conservação, Rioluz e Comlurb, apoiados por caminhões pipa, varredeiras, caminhões-cesto e retroescavadeiras.

O trânsito no local foi totalmente liberado ao tráfego de veículos na manhã desta segunda-feira. A avenida Almirante Barroso foi desbloqueada às 5h20 pela Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio). A via estava interditada desde a noite da última quarta entre a avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas para facilitar o trabalho das equipes nas buscas e retirada de escombros dos três prédios que desabaram na avenida Treze de Maio.

A Treze de Maio também foi liberada aos pedestres após a instalação de tapumes que cercam os escombros que ainda são retirados. Já a rua Senador Dantas voltou à mão de origem, da Evaristo da Veiga à avenida Chile. Permanecem interditados preventivamente pela Defesa Civil o prédio de número 6 da avenida Almirante Barroso e o anexo do Theatro Municipal.

A prefeitura do Rio mobilizou as secretarias municipais de Obras, Conservação, Saúde e Defesa Civil, Assistência Social, além da CET-Rio, para a operação. Uma equipe com 15 agentes da Defesa Civil e 25 operadores da concessionária de trânsito continua atuando no local, e assistentes sociais permanecem de prontidão para dar suporte aos familiares de eventuais vítimas.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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