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Defensoria vê precipitação e excesso em ação da PM no RS

Defensores vão solicitar cópias de câmeras de segurança para confirmar se a Brigada Militar agiu indevidamente no último protesto

25 jun 2013 - 16h33
(atualizado às 17h10)
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<p>Jovem senta em frente à Prefeitura de Porto Alegre após nova noite de confrontos</p>
Jovem senta em frente à Prefeitura de Porto Alegre após nova noite de confrontos
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul apontou nesta terça-feira que houve precipitação e excesso da Brigada Militar na ação que deu início aos confrontos nos últimos protestos em Porto Alegre. O órgão solicitou imagens de câmeras de segurança para verificar se os militares agiram corretamente ao dispersar a multidão que ocupava o centro de Porto Alegre.

“As imagens vão identificar quem começou, quem agiu de forma mais truculenta, quem se excedeu. O certo é que, pelo relato de alguns defensores que acompanharam a manifestação, houve uma precipitação da Brigada Militar ao avançar sobre a população”, disse o defensor público-geral do Estado, Nilton Leonel Arnecke Maria.

Na noite de ontem, a PM lançou bombas de gás na avenida Borges de Medeiros quando um grupo à frente da passeata passou a saquear uma loja de calçados. Nas duas manifestações anteriores, a PM começou a dispersar a multidão quando o grupo chegara próximo ao prédio do jornal Zero Hora, do Grupo RBS (afiliada regional da Rede Globo). A Brigada Militar afirmou, mais cedo, que agiu corretamente para reprimir um confronto entre os próprios manifestantes depois do saque.

Arnecke evitou fazer críticas ao comando da Brigada Militar, ressaltando que o excesso pode ter partido isoladamente de um policial truculento. “Hoje não se pode afirmar se foi um ato de comando ou de um policial. O que se pode afirmar é que, na quinta-feira, quando um policial lança uma bomba de efeito moral os outros policiais o acompanham e acabam a lançar, avançando sobre a população”, disse.

Confirmado os excessos por parte da PM, poderão ser tomadas medidas administrativas, cíveis (manifestantes solicitarem reparação do Estado) ou criminais (apurando a conduta criminal de algum militar).

O defensor público lamentou a falta de espaço para fazer uma mediação entre a polícia e manifestantes. Arnecke acredita que se a PM deixasse a multidão chegar ao Mercado Público, para onde se dirigia, o confronto não teria ocorrido. “Não houve tempo de os defensores públicos se colocarem no meio e negociar”, disse.

Denúncia de truculência contra defensor

Segundo a Defensoria Pública, foi registrado um caso de cerceamento do trabalho de um defensor durante protestos em Porto Alegre. Um profissional, identificado com um colete do órgão, foi impedido por um PM de aconselhar dois adolescentes.

Mudança de Perfil

De acordo com levantamento preliminar do órgão, a manifestação de ontem em Porto Alegre sofreu uma mudança de público em relação às anteriores. De 65 presos, 11 tinham antecedentes criminais. A Defensoria considera um percentual pequeno em um universo de cerca de 10 mil manifestantes. Na manifestação de quinta-feira, todos os atendidos pelo órgão foram liberados.

Jovem desaparecido

A Defensoria Pública afirmou ter sido procurada por familiares de dois jovens desaparecidos após o protesto de ontem. Um deles foi encontrado detido em uma delegacia durante a madrugada. O outro, um jovem de 18 anos, não havia sido encontrado até o final da manhã. 

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Fonte: Terra
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