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Confronto por liberação de pontes deixa PM ferido em Florianópolis

21 jun 2013 - 02h01
(atualizado em 24/6/2013 às 13h28)
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<p>Cerca de 300 integrantes do protesto se recusaram a deixar a cabeceira das pontes</p>
Cerca de 300 integrantes do protesto se recusaram a deixar a cabeceira das pontes
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no final da noite desta quinta-feira, após a ocupação das duas pontes que ligam a Ilha de Santa Catarina à região continental de Florianópolis. Um PM foi ferido por uma garrafada e pelo menos dois jovens acabaram detidos.

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A manifestação reuniu mais de 70 mil pessoas e ocorreu de forma pacífica. No entanto, cerca de 300 integrantes do protesto se recusaram a deixar a cabeceira das pontes. O grupo se propôs a sair do local às 23h, mas se recusou a fazê-lo. Por volta da 0h, a tropa de choque e a cavalaria foram acionadas para tomar as pontes. 

Mesmo debaixo de chuva intensa, os jovens gritavam “não à violência” e se recusaram a deixar o local. Com o avanço da tropa, houve um rápido confronto e um PM foi atingido por uma garrafada.

As pontes só foram liberadas totalmente no início da madrugada. Os manifestantes ainda seguiram para o Terminal Integrado do Centro (Ticen), mas foram dispersados pelos policiais.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

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A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Colaboraram com esta notícia os internauta Victor Vieira e Otavio Silva, de Florianópolis (SC), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Especial para Terra
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