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Condomínio de prefeito é alvo de manifestantes no interior de SP

22 jun 2013 - 00h48
(atualizado às 01h25)
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Os protestos ocorreram de forma pacífica, mas deixaram o trânsito da cidade um verdadeiro caos
Os protestos ocorreram de forma pacífica, mas deixaram o trânsito da cidade um verdadeiro caos
Foto: Laís Machado / Especial para Terra

Manifestantes de São José do Rio Preto realizaram na noite desta sexta-feira mais um protesto. Intitulado "Rio Preto nas Ruas", o ato teve o intuito de chamar a atenção das autoridades e da própria população para reivindicações relacionadas à saúde e educação, além de apoiar as manifestações que estão ocorrendo em todo o país.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Os protestos ocorreram de forma pacífica, mas deixaram o trânsito da cidade um verdadeiro caos. A primeira parte da manifestação foi realizada na avenida Alberto Andaló e chegou à rodovia Washington Luis. Os manifestantes fecharam a rodovia, impedindo os veículos de transitarem. Além disso, as vicinais, tanto de de acesso à rodovia, quanto à cidade, foram bloqueadas, causando congestionamentos.

A Polícia Rodoviária acompanhou toda a ação para evitar acidentes. Os motoristas foram orientados a aguardar até que as vias fossem liberadas. O bloqueio durou cerca de uma hora e meia.

Outro grupo seguiu em passeata para o terminal rodoviário da cidade, passou pela Represa Municipal, um dos cartões postais da cidade, e foi até o condomínio onde mora o prefeito Valdomiro Lopes. Ao final da noite, os dois grupos se encontraram em frente ao residencial e realizaram diversas formas de protesto.

Um cordão de isolamento foi formado por policiais para evitar que o condomínio fosse invadido. Hinos e cartazes com reivindicações ao prefeito foram apresentados duranta a manifestação, que contou com a participação de aproximadamente 1 mil pessoas. Após cerca de 30 minutos de protestos, os manifestantes decidiram deixar o local. 

Segundo informações da Polícia Militar, nenhuma ocorrência, relacionada aos manifestos, foi registrada na cidade.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Especial para Terra
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