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Com chuva e temor de protesto, comércio fecha e Porto Alegre para

20 jun 2013 - 16h34
(atualizado às 17h36)
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<p>Lojas de Porto Alegre fecham mais cedo na tarde desta quinta-feira e reforçam segurança contra a ação de vândalos durante o protesto marcado para a noite de hoje.</p>
Lojas de Porto Alegre fecham mais cedo na tarde desta quinta-feira e reforçam segurança contra a ação de vândalos durante o protesto marcado para a noite de hoje.
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press

O protesto que ocorre em Porto Alegre (RS) a partir das 18h desta quinta-feira começou a afetar a capital gaúcha no meio da tarde. Com medo de ações de vândalos, comerciantes fecharam seus estabelecimentos mais cedo e a cidade enfrenta congestionamentos desde as 15h. A chuva que cai na capital também contribui para a lentidão no trânsito. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) antecipou as ações do horário de pico.

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O governo do Estado também dispensou seus funcionários antes do horário normal. As avenidas Osvaldo Aranha, Castelo Branco e Carlos Gomes registravam fluxo intenso e filas de veículos por volta das 16h. Com os trabalhadores liberados mais cedo, as paradas de ônibus apresentavam filas acima da média para o horário. Passageiros relataram que os coletivos não passam nas estações. A EPTC, no entanto, informou que ocorrem alguns atrasos em razão da antecipação do horário de pico. 

Boatos de que os coletivos parariam de circular a partir das 15h30 também provocaram temor na população. A EPTC, no entanto, confirmou que os ônibus vão rodar até a hora do protesto e que bloqueios e desvios serão feitos conforme a necessidade. No ato de hoje, serão 200 agentes de trânsito nas ruas.

O protesto de hoje contra o aumento da tarifa do transporte público sairá da frente da prefeitura de Porto Alegre.  O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) iniciou às 9h a retirada de 80 contêineres de lixo de cinco vias em antecipação ao novo ato.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: Terra
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