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Cidades do ABC paulista voltam a reduzir tarifa do transporte público

21 jun 2013 - 15h40
(atualizado às 15h50)
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Mobilização contra reajustes causou redução de tarifas em todo o País
Foto: AP

O mês de julho vai começar com transporte público mais barato em sete cidades do ABC paulista, segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que reúne os prefeitos da região. Será a segunda revisão das tarifas naquela área. As decisões foram tomadas na quinta-feira, atendendo ao apelo popular, segundo justificou em nota o consórcio.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

A exemplo do que ficou definido na capital paulista, o valor de R$ 3,20 passará para R$ 3,00, em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Já em Rio Grande da Serra , o bilhete passará de R$ 3,00 para R$ 2,90. No último dia 5, o consórcio já havia reduzido o valor em R$ 0,20 neste caso e de R$ 0,10 nas demais cidades.

No comunicado, a entidade justificou que essa queda foi um reflexo da Medida Provisória 617/13, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 31 de maio, que baixou a zero as alíquotas de PIS/Cofins para as empresas de transporte coletivo. Diante de mais uma redução, no entanto, o subsídio implicará cortes de investimentos, de acordo com o consórcio.

"A redução para R$ 3,00 na capital nos coloca na obrigação de acompanhar esse valor, mas isso significa que as cidades terão de fazer sacrifícios adicionais", disse o prefeito Luiz Marinho, em nota. Ele informou que os integrantes do consórcio pretendem negociar o aumento do subsídio com os governos estadual e federal.

Os atos populares contra o aumento da tarifa do transporte público, na região do ABC paulista, foram liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que além de bloqueios na rodovia Anchieta, fizeram protestos em frente ao Paço Municipal, no último dia 19.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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