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Cidades

Cidade com maior crescimento de IDH sofre com condição de estradas

Prefeito de Mateiros (TO) diz que maior dificuldade da cidade é transportar doentes e estudantes

29 jul 2013 - 18h56
(atualizado às 18h57)
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Cidade com o maior crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) nos últimos 10 anos, Mateiros (TO) teve sua economia fortalecida pelo artesanato feito na região, acredita o prefeito Júlio Mokfa (PR), que governa a cidade desde janeiro. O município de pouco mais de 2 mil habitantes sofre, no entanto, com a condição das estradas, que dificulta o transporte de pacientes e estudantes.

De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o IDHM de Mateiros cresceu 312,93% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (89,43%). Em 2000, Mateiros registrava IDHM de 0,281, taxa que subiu para 0,607, faixa considerada mediana pelo Pnud.

De 2000 para 2010, a renda per capita da cidade cresceu de R$ 98,94 para R$307,46. A extrema pobreza caiu de 59% para 15,96% em 2010. Segundo o prefeito da cidade, o ponto forte da economia da região é o turismo, impulsionado pelo capim dourado, planta que cresce na região e produz artesanatos dourados e reluzentes.

"O turismo é um carro forte na região, porque o artesanato do capim dourado só tem no Jalapão. Ajudou muitas pessoas humildes, que viviam em casinhas de palha", disse.

Com uma área de 9.681 km² e 36% da população na área rural, a grande dificuldade de Mateiros é transportar estudantes para as seis escolas da região. Transportar doentes para Porto Nacional, que fica a cerca de 300 km, também é um desafio.  

“Nós temos que buscar os alunos no interior e as estradas são muito ruins”, disse Mokfa. “A dificuldade grande em mateiros são as estradas. É muito ruim de chegar. A cidade que dá suporte para nós aqui perto fica a 300 km. Para levar pessoas doentes para o hospital tem que pegar 150 km de chão e 130 km de asfalto”, contou.

Apesar da dificuldade, a proporção de crianças de 5 a 6 anos cresceu 118,38% na cidade entre 2000 e 2010. Na faixa de idade entre 11 e 13 anos, o estudo registrou 80,11% de frequência escolar, contra 0,97% em 2000.

Manter médicos na região afastada também é um problema enfrentado pela administração local. São dois médicos que se alternam no município a cada 15 dias, em um posto municipal. O Executivo paga para um deles salário de R$ 28 mil. “É caríssimo”, afirmou o prefeito, que inscreveu o município no programa Mais Médicos, do governo federal.

Fonte: Terra
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