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Cidades

Ceagesp suspende cobrança de estacionamento após protesto

14 mar 2014 - 20h37
(atualizado às 20h41)
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A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, anunciou que suspenderá temporariamente a cobrança de estacionamento no local. A decisão acontece depois que manifestantes contrários à cobrança da tarifa atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos na Ceagesp nesta sexta-feira.

Além disso, o varejão não abrirá ao público neste final de semana. Somente o entreposto funcionará em condições especiais para carga e descarga de caminhões. "Neste final de semana serão promovidas todas as ações necessárias para a volta do funcionamento normal do mercado o mais breve possível. Acreditamos que na segunda-feira as atividades deverão ser retomadas normalmente", afirmou a companhia em nota.

Nesta sexta-feira, por volta das 12h, os manifestantes colocaram fogo na sede da fiscalização da companhia. Mais cedo, já haviam quebrado cabines, montado barricadas e depredado carros. Os manifestantes continuaram no interior da unidade e usaram pedaços de materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, para quebrar a sede da administração.

De acordo com a assessoria da Ceagesp, cerca de 200 pessoas participaram do protesto. A empresa dispensou todos os funcionários para garantir a integridade dos trabalhadores. Os cerca de 70 seguranças da Ceagesp também se retiraram do local.

A cobrança

A Ceagesp começou a cobrar ontem pelo estacionamento de veículos, e a cobrança da tarifa também está valendo para os caminhões que carregam ou descarregam mercadorias. Para carros e utilitários, a primeira hora custa R$ 6. Para motos, o valor da diária é único, de R$ 2. Os caminhoneiros pagam entre R$ 4 e R$ 5 – dependendo da quantidade de eixos do veículo – para descarregar a carga por até quatro horas.

Alguns caminhoneiros, que não quiseram se identificar, disseram que a cobrança é um absurdo porque não foi feita nenhuma melhoria no local. Além disso, segundo eles, não há espaço suficiente para os caminhões. Eles dizem que a única reforma foi a instalação de câmeras de segurança.

A Ceagesp informou que a cobrança do estacionamento é a última etapa de um processo de modernização da unidade. O objetivo é tornar mais rígido o controle do acesso de veículos e pessoas, pois foram registradas denúncias de exploração sexual dentro do entreposto. Segundo a companhia, a área tem 700 mil metros quadrados, por onde circulam diariamente 12 mil veículos por dia.

O órgão nega que a cobrança traga impactos no preço dos alimentos. Um estudo da Ceagesp aponta que o custo do pedágio representaria, em média, um acréscimo de R$ 0,02 nos produtos comercializados.

Fonte: Terra
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