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Casos de dengue estão em queda na capital de São Paulo

Com a diminuição de infectados, prefeitura fechou algumas tendas de atendimento

21 mai 2015 - 19h08
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A ocorrência de casos confirmados de dengue está em queda, de acordo com dados da prefeitura de São Paulo. Houve diminuição dos casos desde a 14º semana epidemiológica (SE) – terminada em 25 de abril – até a 18ª, que acabou em 9 de maio.

A doença atingiu seu pico na 14º semana, com 8.127 casos confirmados contraídos na própria cidade. Desde lá, esse número vem caindo e chegou a 2.122 casos na 18ª SE. “Inverteu-se a tendência, agora a tendência é de redução”, disse o secretário adjunto municipal de Saúde, Paulo Puccini. O clima mais frio é um dos fatores que contribui para essa diminuição.

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Puccini chegou a dizer que a dengue estava controlada, mas corrigiu-se, dizendo que “nós controlamos a incidência de criadouros”. As mortes confirmadas pela doença, neste ano, chegaram a 13, porém mais 24 óbitos ainda estão em investigação.

Clima mais frio é um dos fatores que contribuiu pra a diminuição dos casos de dengue na capital paulista
Clima mais frio é um dos fatores que contribuiu pra a diminuição dos casos de dengue na capital paulista
Foto: IStock

No ano passado, foram 14 mortes de um total de 29.011 casos de dengue, com taxa de letalidade de 0,048. Como este ano o número de casos chegou a 57.794, a taxa de letalidade registrada é menor, sendo 0,022. Até o momento, a epidemia do ano passado pode ser considerada a mais letal.

A incidência da dengue na capital paulista alcançou o patamar de 485,8 casos por 100 mil habitantes, o que configura, de acordo com o critério da Organização Mundial da Saúde (OMS), situação de epidemia. Porém, Puccini ressaltou que esse número corresponde ao acumulado das 18 semanas. “Estamos saindo de um período epidêmico e entrando no endêmico”, acrescentou.

Apesar da queda nos casos da doença, Puccini alertou que não se pode descuidar, a população precisa extinguir possíveis criadouros do mosquito.

O secretário relacionou a crise hídrica na Grande São Paulo à necessidade da prevenção e cuidados com a dengue para o ano que vem. “Em 2016, a dengue será um problema também”, afirmou. Segundo ele, será preciso trabalhar para que a ocorrência da doença não seja como neste ano.

Com objetivo de dar agilidade ao atendimento médico, foram montadas tendas nos bairros no mês de abril. A queda no número de atendimentos levou a prefeitura a fechar algumas delas: Jardim Vista Alegre, Elísio Teixeira Leite e M'Boi Mirim. Nesta sexta-feira (22), mais duas terão seus trabalhos encerrados, em Cidade Ademar e Aricanduva.

Nas unidades fechadas, o número de atendimentos caiu para menos de 60 por dia, o que não justificaria a permanência das tendas de assistência, segundo Puccini. Ele afirmou que a demanda será absorvida pelas tendas restantes e outras unidades de saúde.

Em relação à parceria feita com o Exército para ajudar no combate aos focos de dengue, a taxa de recusa das pessoas em permitir a entrada do agente de zoonoses caiu de 20% para 1,9%, segundo últimos dados divulgados pela prefeitura. A parceria termina em 29 de maio, com visitas no bairro da Freguesia do Ó.

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Agência Brasil Agência Brasil
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