Carlos Minc afirma que óleo ainda pode atingir praias do Rio
22 nov2011 - 16h12
(atualizado às 16h16)
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O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou, nesta terça-feira, que o óleo que vazou no Campo do Frade, no litoral norte do Estado, pode chegar às praias em duas semanas. O campo, sob responsabilidade da petroleira americana Chevron, fica na Bacia de Campos.
"Os nossos técnicos e os do Ibama (Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) me informaram que mais de dois terços de todo óleo ainda não afloraram, e estão abaixo, na coluna d'água", explicou Minc. "Isso vai acabar empelotando e essas 'bolas de piche' vão aparecer nas praias de Arraial do Cabo, de Angra dos Reis, de Ubatuba. Isso pode acontecer daqui a duas semanas, ou daqui a um mês", complementou o secretário.
Em nota divulgada nesta manhã, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) confirma a declaração do presidente do Ibama, Curt Trennepohl, que afirmou na segunda-feira, que o vazamento no campo de Frade, em Campos, está prestes a ser definitivamente controlado.
Imagens submarinas captadas na região no sábado mostram que a fonte primária do vazamento foi controlada, e o petróleo passou a escapar apenas por um ponto com pequeno fluxo. Segundo o documento, como o incidente ocorreu a grande profundidade, o óleo leva tempo considerável para chegar até a superfície. Isto significa que outras manchas podem vir a ser observadas mesmo que um novo vazamento não ocorra.
Peritos sobrevoaram a Bacia de Campos nesta sexta-feira para avaliar as dimensões do vazamento de óleo no Campo de Frade
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A mancha se espalhou e perdeu densidade, segundo o Comando de Operações Navais da Marinha
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Embora mais extensa em área, a mancha segue com o mesmo volume, o que é avaliado como positivo pela Marinha, já que, dissolvido, o óleo teria menor potencial danoso ao meio ambiente
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
Expandida pelos ventos e pela maré, a mancha foi estudada por técnicos da Marinha, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em um sobrevoo nesta sexta-feira
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream, que desde a última quarta-feira trabalha para conter o vazamento no fundo do oceano, a uma profundidade de 1,2 mil m e distante cerca de 120 km da costa
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
De acordo com a ANP, o primeiro estágio da cimentação do poço foi concluído com sucesso. Estima-se que a conclusão dos trabalhos ocorra nos próximos dias
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
A Chevron calcula que a mancha de óleo equivale ao volume de 65 barris na superfície, e que o total vazado chega a 650 barris
Foto: Rogério Santana / Governo do Rio / Divulgação
"Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental num estado produtor de petróleo", alertou o governador do Rio, Sérgio Cabral, na inauguração de fábrica da Nestlé em Três Rios