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Cabral decreta luto de 3 dias por vítimas de desabamentos no Rio

26 jan 2012 - 19h45
(atualizado às 19h58)
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou nesta quinta-feira luto oficial de três dias no Estado em memória das vítimas fatais da tragédia ocorrida ontem do centro da capital fluminense, onde três prédios desabaram. O decreto será publicado no Diário Oficial do Estado de sexta-feira. De acordo com a prefeitura, quatro pessoas morreram e 22 permanecem desaparecidas.

"Só vi o prédio caindo", diz morador após acidente no Rio:

Confira como fica o trânsito no local após os desabamentos

A presidente Dilma Rousseff manifestou sua solidariedade com as famílias de vítimas em cerimônia na sede do governo do Rio Grande do Sul, o Palácio Piratini. "Queria me solidarizar com a população do Rio, com as famílias atingidas por essa catástrofe que foi a derrubada do edifício e depois outros dois", afirmou na capital gaúcha, onde participa do Fórum Social Temático.

Segundo auxiliares da presidente, Dilma tem mantido contato com as autoridades municipais e estaduais e também vem recebendo informações de funcionários da administração federal sobre o acidente. "Acompanhei no dia de hoje com o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral todo o esforço do governo e do município e transmiti minhas esperanças de que sobreviventes sejam encontrados após esse esforço para resgatar os que estão soterrados", disse.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção anexa ao Theatro Municipal. Segundo a prefeitura, quatro pessoas morreram no acidente e outras 22 permanecem desaparecidas. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite do incidente na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:

Fonte: Terra
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