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Cidades

Biólogos retiram peixes para investigar contaminação no PR

5 jan 2011 - 11h54
(atualizado às 12h04)
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Biólogos do Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná, estão nesta quarta-feira, na Baía de Paranaguá, litoral do Paraná, para capturar peixes vivos contaminados. A finalidade é detectar o motivo da morte de mais de 100 t de sardinhas xingó, bagres e corvina. As espécies foram encontradas mortas na costa dos municípios de Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá, na quinta-feira passada.

Os pesquisadores já haviam recolhido amostras da água para análise, além de peixes mortos, mas decidiram, para que o laudo seja mais conclusivo, analisar animais que sobreviveram ao acidente. De acordo com a prefeitura de Paranaguá, onde estão concentradas as investigações, até o final da tarde desta quarta devem ser divulgadas informações preliminares sobre as análises já realizadas.

Um acidente ocorrido no final de dezembro, com um navio que derramou óleo na baía enquanto descarregava mercadorias no Porto de Paranaguá, é uma das três hipóteses levantadas até agora, para a mortalidade dos peixes, de acordo com o chefe da Defesa Civil de Paranaguá, Edson Ávila.

Segundo o presidente da Federação das Colônias de Pescadores de Paranaguá, Edmir Manoel, cerca de 5,5 mil pescadores dos três municípios atingidos estão com as atividades paralisadas e devem procurar a prefeitura local para se cadastrar a fim de receber cestas básicas. Até o final da manhã, 441 famílias haviam sido cadastradas. A prefeitura informa, porém, que que nem todos estão aptos a receber o benefício. O trabalho está sendo feito juntamente com a defesa civil, e as cestas serão fornecidas pelo Ministério da Pesca.

Não há registro de mais mortes de peixes na Baía de Paranaguá, além das cerca de 100 t que estão sendo recolhidas e enterradas. Entretanto, permanece a recomendação para que ninguém consuma pescado ou frutos do mar da região, enquanto não for divulgado o laudo com as causas da morte dos peixes.

Agência Brasil Agência Brasil
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