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Ativistas sobem em árvore contra reintegração no Pq. Augusta

Pouco após as 9 horas, manifestantes iniciaram passeata rumo à sede da Prefeitura de São Paulo

4 mar 2015 - 08h11
(atualizado às 10h15)
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Um grupo de cinco manifestantes resolveu protestar nesta quarta-feira contra a reintegração de posse do parque Augusta, região central de São Paulo, subindo em árvores. Um contingente maior, de aproximadamente 200 ativistas e simpatizantes do parque, chegou a afirmar que só deixaria o local ante a presença do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), mas, por volta das 9h10, saiu em passeata pela Augusta rumo à prefeitura. 

Há pelo menos 100 policiais na ação. 

A grande maioria dos defensores da área a desocupou entre as 5h e as 7h, diante da Polícia Militar e de oficiais de Justiça. Eles pretendiam desde cedo seguir caminhada até a prefeitura para plantio de mudas de árvores no Vale do Anhangabaú. Com a resistência do grupo menor, passaram a exigir a presença de Haddad ou do secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, para mediar o conflito e se manifestar sobre a desapropriação da área, causa abraçada pelos ativistas.

De acordo com o advogado Daniel Biral, do coletivo Advogados Ativistas, o Executivo municipal sinalizou para que representantes do grupo se encontrassem na prefeitura com a vice-prefeita, Nádia Campeão (PCdoB), o que eles não aceitaram.

Ativista é ferida em reintegração de posse do Parque Augusta:

Uma ativista pró-parque, identificada como Isabela, 25 anos, mostrou marcas de cassetete nas duas pernas. "Antes de ser qualquer coisa, sou pedestre, estava na calçada e os carros da PM avançaram. Não ofereci resistência, não agi com violência, mas eles vieram com tudo", disse.

Na rua Marquês de Paranaguá, a PM fez um cordão de isolamento e impediu que ativistas, jornalistas e moradores passassem, de um lado a outro.

A situação gerou protestos de moradores e trabalhadores da vizinhança.

"Isso é um absurdo. A polícia não pode criar um problema para resolver outro", afirmou o engenheiro Francisco Bueno, 35 anos, que mora em frente ao parque.

PM proíbe vizinhos do Parque Augusta de voltarem para casa:

"Não tinha necessidade desse cerco e desse circo, não acho que os manifestantes ofereçam algum risco", declarou o advogado Arthur Goes Aprigio, 44 anos, também vizinho ao parque.

O comandante da operação de reintegração, major Luiz Augusto Âmbar, alegou que o isolamento foi necessário "para garantir a segurança e a integridade de todos", mas não se referiu contra quem.

A reintegração foi solicitada pelas empresas Albatroz Investimentos Imobiliários e Flamingo Investimentos Imobiliários, proprietários da área.

Fonte: Terra
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