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Após temporais, RS terá ciclone com ventos de até 100 km/h

18 set 2012 - 17h00
(atualizado às 18h01)
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As chuvas que caem sobre o Rio Grande do Sul desde o último sábado, causando alagamentos e transtornos em algumas regiões, devem se unir ao vento forte entre a quarta e a quinta-feira, de acordo com a Climatempo. Isso porque há uma área de baixa pressão se formando entre o norte da Argentina e o sul do Paraguai e avançando para o Estado, podendo provocar ventos de até 100 km/h em algumas regiões.

De acordo com o meteorologista André Madeira, esta área de baixa pressão que se forma nos países vizinhos "deve chegar ao RS se convertendo em um ciclone extratropical com ventos fortes, que podem chegar a 100 km/h". A previsão é que ela chegue ao Estado na quarta e se afaste na quinta, quando se dirige ao oceano, fazendo parar as chuvas.

Ainda de acordo com André, as áreas mais atingidas devem ser o sul, na quarta, e o leste gaúcho na quinta-feira. "Em seguida, o Estado deve receber, também vinda da Argentina, uma massa de ar mais fria, que faz as temperaturas caírem no final de semana", explica. O meteorologista afirma que não é raro este tipo de fenômeno nesta época do ano. "De maio a setembro é o período propício para estes ciclones, não é algo anormal".

Chuva causa transtornos

De acordo com a Defesa Civil do Estado, várias regiões registraram chuva forte desde a segunda-feira, no entanto nenhum município tem notificação de emergência. "Tivemos muita água e poucos desabrigados", disse o tenente-coronel Paulo Roberto Locatelli. Segundo ele, os locais mais atingidos foram na região sul do Estado, com Camaquã registrando 250 mm de chuva, Dom Feliciano tendo aulas suspensas e Pelotas registrando vários pontos de alagamento.

No município de Cristal, aconteceu um fato inusitado, segundo Locatelli: a chuva derrubou o muro de um cemitério, atingindo os túmulos. "Houve relatos de corpos boiando no local, mas tudo foi resolvido em seguida", disse.

Quanto ao ciclone da quarta-feira, a Defesa Civil ainda não havia sido informada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de quem costuma receber estas informações. Eles seguem monitorando o nível dos rios.

Pontos de alagamento foram registrados em Porto Alegre
Pontos de alagamento foram registrados em Porto Alegre
Foto: Natália Pithan / Terra
Fonte: Terra
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