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Após chuvas, São Luiz do Paraitinga vira patrimônio cultural

10 dez 2010 - 17h21
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou na manhã desta sexta-feira o conjunto urbano de São Luiz do Paraitinga (170 km de São Paulo) o mais novo patrimônio cultural brasileiro. Entre os valores apontados no estudo órgão, estão as características arquitetônicas e o traçado urbano dos períodos colonial e imperial.

Cenário em Paraitinga é de 'pós-terremoto':

No início de janeiro, fortes chuvas inundaram o rio Paraitinga e o município decretou estado de calamidade pública. Cerca de 9 mil pessoas ficaram desabrigadas por causa do temporal, que destruiu casas coloniais, igrejas dos séculos XVIII e XIX e vias de acesso à cidade. Mais de 120 municípios foram atingidos pelas chuvas.

O dossiê de tombamento de São Luiz do Paraitinga foi finalizado pelo Iphan em 2009, mas precisou ser atualizado após a enchente do início do ano. A delimitação da área de tombamento do centro histórico abrange mais de 450 imóveis 6,5 mi m². O tombamento envolve também a preservação visual do entorno do município, a região dos Mares de Morros.

Para 2011, o Iphan planeja comprar um imóvel para implantação de uma Casa do Patrimônio no centro da cidade. Lá devem ser desenvolvidas atividades educativas e culturais, como oficinas, seminários, palestras, conversas, orientação técnica, exposições e eventos em geral.

Preservação após as chuvas
Em janeiro deste ano, o Ministério da Cultura liberou R$ 10 milhões a serem aplicados pelo Iphan em obras emergenciais no município em função da chuva que provocou cheias no rio Paraitinga em janeiro.

No próximo ano, terá início a reconstrução da Capela das Mercês. A previsão é que a igreja seja aberta à população antes do Natal de 2011, e a obra está estimada em R$ 2 milhões. O órgão irá executar ainda o restauro da Casa Oswaldo Cruz, onde haverá um projeto paisagístico e a implantação do Memorial da Reconstrução. Também está prevista a abertura de uma linha de financiamento para imóveis privados, por meio de um convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF). O instituto ainda fará a completa restauração da Igreja do Rosário, envolvendo a renovação de suas pinturas internas e recuperação da fachada.

O Iphan articulou com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a doação de R$ 1 milhão à Associação Elpídio dos Santos, que atua na cultura local. O convênio permitiu a realização de obras como a recuperação das estruturas da Igreja do Rosário, que deve ser reaberta ainda em 2010. A reconstrução da igreja Matriz ficará a encargo do governo do Estado.

Fonte: Redação Terra
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