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AM: presidente do sindicato dos rodoviários é preso em Manaus

16 ago 2013 - 19h25
(atualizado às 19h29)
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Ônibus ficam parados em dia de greve de motoristas por questões trabalhistas, em Manaus
Ônibus ficam parados em dia de greve de motoristas por questões trabalhistas, em Manaus
Foto: Márcio Azevedo / Especial para Terra

O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Amazonas, Givancy Oliveira, foi preso na tarde desta sexta-feira pela Polícia Militar. Segundo a PM, o sindicalista desacatou um oficial da corporação que tentava impedir a entrada dele na garagem das empresas Eucatur União Cascavel, localizada na Cidade Nova, zona norte de Manaus, onde Givancy pretendia estender a greve deflagrada ontem por funcionários de uma outra empresa do transporte coletivo da capital amazonense.

O sindicalista foi levado para o 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP),  onde ainda será ouvido pelo delegado. Essa não é a primeira vez que Givancy Oliveira é preso. Em maio de 2009, quando ele ocupava o cargo de diretor social do sindicato, o sindicalista ficou sete dias na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa após ser preso pela Polícia Federal por obstrução do trabalho da justiça. 

Fim da greve

Givancy Oliveira foi preso após 60% dos 2 mil trabalhadores da empresa Global Green decidirem voltar ao trabalho, nesta tarde, após decisão em caráter liminar expedida hoje pela manhã pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que determinou o fim da paralisação. 

Passageiros da zona leste da cidade são prejudicados
Passageiros da zona leste da cidade são prejudicados
Foto: Márcio Azevedo / Especial para Terra

Após os primeiros ônibus da empresa saírem às ruas, por volta das 15h em Manaus (16h em Brasília), o sindicalista se dirigiu até a garagem da Eucatur com parte dos 40% dos rodoviários da Global Green ainda em greve. O objetivo era paralisar a outra empresa. "Escolhemos a Eucatur porque ela pertence ao senhor Algacyr Gurgacz, presidente do Sinetram", disse Givancy antes de ser preso.

Decisão da Justiça

Foi estipulado multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento da decisão. O pedido de liminar foi solicitado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram). No entendimento da Justiça, a greve foi ilegal por não ter sido comunicada com antecedência. 

De acordo com a decisão do TRT, pelo menos 60% dos grevistas teriam que voltar a circular ainda hoje no horário de pico e 40% nos demais horários. A decisão prevê ainda que 100% da frota circule normalmente no sábado.

A greve dos funcionários da empresa Global Green paralisou aproximadamente 390 ônibus e afetou, segundo a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), aproximadamente 300 mil usuários da zona leste de Manaus. A paralisação foi motivada pelo não depósito de atrasados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do INSS.

Fonte: Especial para Terra
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