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AM: avião que caiu em Iranduba não poderia voar, diz Anac

17 abr 2014 - 13h31
(atualizado às 15h40)
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Um avião modelo Seneca, prefixo PT-ISH com duas pessoas a bordo, caiu no final da tarde desta quarta em uma área de mata no município de Iranduba, na região metropolitana de Manaus.  O piloto e o co-piloto sobreviveram ao acidente. A aeronave, segundo registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não poderia estar voando, pois estava com o registro suspenso.

Os peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) passaram a noite no local do acidente coletando as primeiras informações sobre a queda. Pelo prefixo do avião eles confirmaram se tratar de uma aeronave que não podia estar voando.  "Esse avião havia caído há uns dois anos e ainda estava suspenso. Vamos apurar as causas desse novo acidente", explicou Mauri Menezes, perito do Seripa que esteve no local do acidente. 

<p>O avião não poderia estar no ar, pois já havia sido suspenso por dois anos, em outra queda.</p>
O avião não poderia estar no ar, pois já havia sido suspenso por dois anos, em outra queda.
Foto: Márcio Azevedo / Terra

A QUEDA

Segundo moradores da comunidade Bom Jesus, localizada na zona rural do município de Iranduba,  era por volta das 17h30 de ontem quando ouviram um barulho estranho e, ao olharem o que seria, viram o avião passar próximo a copa das árvores. "Ele via como se os motores estivessem falhando. De repente ele subiu um pouco e depois sumiu no meio do mato", contou o agricultor José Ferreira de Araújo,  de 38 anos.

Após isso,  várias pessoas correram para o local e, ao chegar, viram dois homens pedindo ajuda. Eram o piloto Carlos Eduardo Gomes Lima, de 50 anos, e o co-piloto Santana dos Santos, de 44 anos, que foram socorridos e levados para o hospital do município de Iranduba. "Eles chegaram bem, caminhando e conversando.  Logo foram atendidos. O piloto teve apenas arranhões mas o co-piloto teve um pequeno traumatismo no crânio,  mas estão bem", explicou o diretor da unidade hospitalar,  o médico Valdino Alecrim.

Na manhã desta quinta,  a aeronáutica passou a custódia da aeronave para o dono da fazenda onde o avião caiu. Uma clareira na mata foi aberta para que o avião seja resgatado. No local, um detalhe chamou a atenção, mas que não foi comentado pelos peritos do Seripa: o fato do avião não ter explodido e nem haver combustível próximo onde as asas ficaram. "Seria comum o cheiro forte de combustível,  mas só poderemos dizer se houve falta de combustível após a conclusão da investigação", disse Mauri Menezes, do Seripa.

Fonte: Terra
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