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Alckmin diz que é "dever da polícia" combater vandalismo

Governador comenta ação da PM durante protesto do MPL e afirma, ainda, que direito à manifestação deve ser respeitado

20 jun 2014 - 17h47
(atualizado às 19h33)
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira que a ação da Polícia Militar durante manifestações terá de ser revista, mas que é “dever da polícia” combater atos de vandalismo e, ao mesmo tempo, garantir o direito à manifestação.

A declaração foi dada um dia depois de mascarados infiltrados na manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) depredarem agências bancárias e concessionárias sem que houvesse qualquer intervenção da PM.

"Uma coisa é manifestação, que deve ser respeitada, outra coisa é vandalismo, depredação, ação criminosa de mascarados, que tem que ser combatido e é dever da polícia fazer isso. Tem câmeras de vídeo, e alguns (vândalos) dá para identificar. Então o mais rápido possível devemos prender esses criminosos", afirmou o governador após evento em Pindamonhangaba (SP).  “A estratégia vai ser revista pela polícia, e ela estará presente”, continuou.

Ao contrário do que foi observado em outros protestos, desta vez a PM não se posicionou ao lado dos manifestantes, e o monitoramento foi feito à distância -de acordo com a corporação, 500 policiais participaram da ação. Ninguém foi preso. Após o protesto, o coronel Leonardo Ribeiro, comandante do policiamento na capital, disse que a polícia não agiu para conter os atos de vandalismo porque havia feito um acordo com o MPL para acompanhar o protesto à distância, por meio de um documento enviado ao secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.

Nesse documento, o MPL dizia que a “presença ostensiva da PM” causava “preocupação”, uma vez que contribuía para o aumento da tensão entre policiais e manifestantes, e que entendia, por fim, que “os movimentos sociais devem ter autonomia para promover sua própria segurança”.

Para o MPL, a acusação da PM é uma “tentativa de criminalizar o movimento”. “A nossa carta era sobre a presença ostensiva da polícia, que muitas vezes já provocou exaltação, e a PM sempre justifica essa presença ostensiva com o argumento de que é para proteger manifestante. Então, o que a gente quis dizer é que a segurança dos manifestantes a gente pode garantir”, afirmou Mariana Toledo, 28, uma das integrantes do MPL.

Fonte: Terra
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