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Acidentes em parques de diversões internam quatro por dia em SP

25 jul 2012 - 11h20
(atualizado às 11h21)
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Quatro pessoas são internadas, em média, todos os dias no Estado de São Paulo, vítimas de acidentes em playgrounds ou parques de diversões. O levantamento é da Secretaria da Saúde, com base nos dados de 2011, quando houve 1.641 internações de pessoas que se feriram nesses locais.

Em fevereiro, uma menina morreu em brinquedo do parque Hopi Hari, em Vinhedo; região registrou 76% dos acidentes de 2011
Em fevereiro, uma menina morreu em brinquedo do parque Hopi Hari, em Vinhedo; região registrou 76% dos acidentes de 2011
Foto: Rose Mary Souza / Especial para Terra

Veja acidentes em parques de diversões

Segundo o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgência (Grau) da secretaria, Gustavo Feriani, bater no próprio brinquedo ou no mecanismo de proteção, quedas da própria altura ou até a ejeção de um brinquedo podem vitimar crianças e adultos nos playgrounds ou parque de diversões.

"Nessas situações, a pessoa está exposta a ocorrência de ferimentos ou até fraturas mais graves em diferentes partes do corpo", explica Feriani. Para o especialista, atentar-se ao uso correto do equipamento de proteção dos brinquedos ajuda a evitar acidentes. Além disso, o médico ainda alerta para a falta de proteção na região da cabeça, sugerindo que, para alguns brinquedos, administradores de parques poderiam adotar, como prevenção, capacetes protetores.

O maior número de vítimas em parque playgrounds são pessoas entre 20 e 39 anos. Nesta faixa etária, foram registradas 584 internações no ano passado, o que representa 36% dos casos. Em seguida aparecem adultos entre 40 e 59 anos, com 410 hospitalizações (25%). Entre crianças e adolescentes com até 19 anos, foram registradas 353 internações (22%).

Com relação aos acidentes infantis, Feriani ressalta os perigos da cadeira de balanço. Caso o corpo seja projetado para trás, a criança fica exposta a fraturas da coluna e da região posterior da cabeça. Se for ejetada para frente, são mais frequentes as fraturas e ferimentos no punho, mão, braço, face e cabeça.

Para o médico, o escorregador também é considerado um brinquedo de risco para acidentes com crianças, com quedas de alturas superiores a 1,5 m, o que pode provocar múltiplas fraturas, além do rompimento dos vasos do intestino. "A melhor recomendação é que um adulto sempre acompanhe as crianças quando estiverem brincando num playground, uma vez que elas não têm noção do perigo e do limite", avisa.

Feriani alerta ainda para a importância de manter a vacinação em dia. "Como alguns brinquedos podem não apresentar boa conservação, e terem pontos de ferrugem, essa atitude é essencial para imunizar o paciente contra o tétano", finaliza. De todas as internações registradas no ano passado, 76% foram na região de Campinas (1.241). Na sequência está a Grande São Paulo, com 269 hospitalizações (16%).

Fonte: Terra
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