Os governos e partidos políticos não têm sido capazes de entender as reivindicações que se originam das redes sociais, é o que afirma o ativista do Software Livre Marcelo Branco (ex-diretor da Campus Party Brasil e coordenador para mídias sociais da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010).
Segundo ele, ao se comunicarem com o público da "sociedade em rede", os governos o fazem de maneira vertical, de cima para baixo, de forma muito diferente da caráter colaborativo que ganha força online.
"É um dilema entre dois mundos: a democracia limitada e representativa, e, de outro lado, as vozes que vêm das redes e das ruas querem democracia direta, online, em tempo real, querem construir programas colaborativos como eles fazem em seu cotidiano para outras questões, compartilhando músicas, textos", afirma Branco.
Branco diz que tem participado das recentes manifestações em Porto Alegre, mas faz questão de ressaltar que não busca influenciar de nenhuma forma os atos. "Sou apenas um coroa observando os jovens, e aplaudindo". Confira abaixo a entrevista do Terra com Marcelo Branco.
Sobre as manifestações que tomaram conta do Brasil
Marcelo Branco: É a grande novidade política desse século. São grandes movimentos de massa - Turquia, Mundo Árabe, Espanha, Occupy Wall Street - que têm levado pessoas as ruas e não têm sido organizados por instituições tradicionais típicas da era industrial: partidos e sindicatos. Eles já têm incorporados os novos valores típicos da sociedade em rede: indivíduos multimídia conectados e organizados em torno de temas pontuais, ou gerais, grandes movimentos de massa que vão as ruas sem intermediários.
Era industrial X Era digital
Marcelo Branco: Na era industrial, os partidos políticos e os sindicatos intermediavam a relação entre a relação entre o indivíduo e o público. Pelo ambiente tecnológico em que vivíamos, qualquer manifestação passava por estas organizações. Com a chegada da internet, principalmente quando grandes massas passam a utilizar a internet como uma ferramenta de comunicação global, é obvio que os movimentos sociais também mudam sua forma de organização.
Características comuns aos movimentos ao redor do mundo
Marcelo Branco: Esses movimentos têm uma mesma característica. A partir de uma causa inicial, colocam nas ruas milhares, milhões de pessoas, sem a intermediação de um partido, de um sindicato. Isso leva a diluição da liderança, portanto não existem lideranças que os representem. Se não há intermediário, não há representantes. Quem falava pelo movimento na Espanha, no mundo árabe, eram redes de colaboração que formam uma liderança coletiva. Cada pequena contribuição, pequena ajuda, pequena proposta, somadas na rede geram essa mobilização geral. Independente se é para derrubar uma ditadura, o sistema capitalista, contra o desemprego, ou causas diferentes, todas elas têm em comum que são indivíduos sem intermediários, sem representantes e lideranças definidas.
Movimentos contra a violência
Marcelo Branco: Esses movimentos, via de regra, são contra a violência. Em são Paulo, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre, a palavra de ordem é não a violência. O que a gente tem observado, fora do Brasil e aqui também, é que a polícia e as forças de segurança pública não entendem o que está acontecendo e não tem como responsabilizar, ou prender, o líder do movimento, porque esses líderes estão difusos, diluídos em uma rede de colaboradores sem hierarquia definida. A postura da polícia tem sido uma agressão violenta generalizada contra todos os manifestantes. Então, quando há um ato isolado, a reação da polícia tem sido atirar fogo contra todos os manifestantes. As forças de segurança pública não conseguem conviver com uma nova democracia, com uma democracia em que os movimentos sociais estão organizados em rede. A repressão brutal que esses movimentos estão sofrendo é típica de ditaduras.
Governos e partidos não entendem as redes sociais
Marcelo Branco: Os governos e partidos têm um trabalho ridículo nas redes, não as entendem. Eles fazem comunicação broadcasting (transmitem em vez de dialogar), fazem publicidade do governo. Os governos desconhecem o que são as mídias sociais. Menosprezam o trabalho das mídias sociais.
Legitimidade das múltiplas causas
Marcelo Branco: Esses conflitos tendem a continuar, a se amplificar, a ganhar novas causas. Aquilo que era uma luta contra o aumento da passagem, agora é uma pauta de reinvindicações enorme. Se tu fores olhar, todos os itens dessa pauta são legítimos. São itens que todos nós, sendo de esquerda ou de direita, queremos que sejam resolvidos. Não podemos ser a contra a pauta de reinvindicações porque ela tem 20, 30, 50 itens.
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Repressão policial
Marcelo Branco: Eu acho que o principal responsável pela desordem pública que o Brasil, pela possível instabilidade politica, é a ação truculenta das forças de repressão. Se não tivesse acontecido a violência que aconteceu em São Paulo, a violência que aconteceu em Porto Alegre desde a primeira manifestação, por parte da polícia, esse movimento não teria crescido como cresceu. As forças de segurança causaram a desordem. Foram elas que responderam uma manifestação democrática de forma não democrática, violenta. Nós vivemos no Brasil uma falência das forças de segurança pública, incapazes de lidar com esses novos movimentos sociais de norte a sul do Brasil.
Resposta do Estado
Marcelo Branco: Eu acho que a saída é o Estado se preparar para atender as demandas sociais, não só para perguntar o que se acha de suas ações, comentar os assuntos do governo. Se preparar para dar respostas em tempo real para cada tipo de questionamento vindo de baixo para cima. Os governos tentam pautar as mídias sociais com assuntos do governo e acreditam que com isso estão democratizando o Estado através delas. Esse momento é um bom teste para toda tentativa de governo aberto, para toda iniciativa que diz usar as mídias sociais, para que respondam as pautas que vêm das redes para o governo. As redes sociais estão há mais de duas semanas perguntando, e o governo não responde, continua querendo pautar as redes. A verdadeira democracia que pretende usar as redes sociais como plataforma, que responda na mesma velocidade, com as mesmas ferramentas usadas no protesto, é ouvir e ser pautado pelas mídias sociais com os assuntos que interessam a população e que ela joga na rede como um assunto importante para si.
Democracia 2.0
Marcelo Branco: Quando as mídias sociais falam contra o aumento da passagem, nenhum instrumento democrático de governo respondeu. Quando falam em violência policial, nenhum instrumento democrático 2.0 de governo respondeu e dialogou com esses manifestantes que estão apanhando na rua. Fazer política 2.0 de governo ou governo digital sem ouvir as mídias sociais é um equívoco. E é isso que a gente está vivendo nesse momento. Os governos não entendem o que está acontecendo, os partidos não entendem o que está acontecendo, porque eles estão fora das redes sociais.
'Sofativismo'
Marcelo Branco: O 'sofativismo' tem que ser respondido com as mesmas ferramentas com as quais ele pergunta. As mídias sociais são uma via de duas mãos. É mais escuta do que fala. É diferente do portal, do rádio, da TV e do jornal que falam para o público. Mídia social é um diálogo, nós temos que escutar, que ouvir, seja como estratégia de uma marca privada, seja como estratégia de governo. O governo monitora as redes, só que o governo não responde. Se tu fores olhar o que os governos federal, estadual e municipal estão falando atualmente nas redes sociais, não tem nada a ver com o que elas estão perguntando. De um lado temos o governo transmitindo informações e de outro a população indignada tentando pautar o governo com assuntos que lhe interessam. O governo quer dizer que está fazendo obras, quer mostrar o discurso, e está surdo para as redes sociais.
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Diluição de causas
Marcelo Branco: A pauta de reivindicações realmente é enorme porque esses movimentos não têm uma pauta de curto prazo. Os militantes partidários, os governos, estão preocupados com as eleições do ano que vem, daqui a três anos. É uma pauta de curto prazo, pequena diante da pauta dos movimentos nas redes, que querem mudar o sistema político, as relações de poder na sociedade. Não é quem ganha as eleições, o Fla-Flu, tucanos e petistas, Tarso (Genro, governador do RS), (José) Fortunatti (prefeito de Porto Alegre), (Geraldo) Alckmin (governador de São Paulo), é algo muito maior o que está em pauta nesses debates. Esses movimentos estão pautando não só uma indignação, mas também uma esperança para uma democracia de nova ordem.
Democracia representativa X Democracia online
Marcelo Branco: Eu não acredito que esse é um movimento que vai tomar o poder, mas é a esperança do futuro, esses movimentos não são contra a democracia, eles questionam os limites da democracia e os limites das instituições que existem hoje. Qualquer um sabe que os parlamentos são espaços muito limitados de democracia. Esses movimentos querem democracia direta, tomadas de decisão online, querem processos de construção de programas públicos wiki, através de processos colaborativos. É a primeira vez que a geração Y, os nativos digitais, são protagonistas das manifestações no Brasil e em todo mundo.
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6 de junho No dia 6 de junho, a cidade de São Paulo parou por causa do protesto "Se a tarifa aumentar São Paulo vai parar", contra o aumento das passagens de ônibus, trens e Metrô. Milhares de manifestantes foram às ruas exigir a diminuição da tarifa do transporte coletivo e acabaram entrando em confronto com a polícia
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
6 de junho Encabeçado pelo Movimento Passe Livre, o protesto prega que "o modelo de transporte coletivo baseado em concessões para exploração privada e cobrança de tarifa está esgotado"
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
6 de junho A onda de protestos contra os reajustes na tarifa de ônibus, que atinge, além de São Paulo, outras capitais do País e cidades, começou a ser gestada em Porto Alegre (RS) no início de abril
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
6 de junho No primeiro dia de protestos em São Paulo, a Polícia Militar usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra milhares de pessoas
Foto: Tercio Teixeira / Futura Press
6 de junho Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões
Foto: Tercio Teixeira / Futura Press
7 de junho Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas
Foto: Bruno Santos / Terra
7 de junho Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
7 de junho Segundo a administração pública, nos 4 primeiros dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha
Foto: Bruno Santos / Terra
7 de junho O aumento das passagens de ônibus em São Paulo desencadeou uma grande manifestação, que ganhou a adesão de milhares de pessoas depois da repressão policial
Foto: Bruno Santos / Terra
7 de junho Locais tradicionais de São Paulo, como a avenida Rebouças, foram trancados pelos manifestantes, que impediam a circulação de veículos
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de junho A repressão policial, especialmente da Tropa de Choque e da Força Tática da Polícia Militar, foram criticadas pelos manifestantes, que foram aumentando a pressão a cada novo protesto
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11 de junho Em um momento tenso, a PM tentou fazer com que o protesto parasse, mas os manifestantes se recusaram e seguiram pela avenida Rangel Pestana, no Centro, próximo ao terminal Bandeira, entrando em confronto com a polícia
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11 de junho O Movimento Passe Livre, criado durante o Fórum Social Mundial, em 2005, se diz autônomo, independente e apartidário e está em oito cidades
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11 de junho As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de junho A administração paulista alegou que, caso fosse feito o reajuste das tarifas com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. O argumento não foi aceito pelos manifestantes
Foto: Bruno Santos / Terra
11 de junho As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet
Foto: Bruno Santos / Terra
13 de junho De acordo com as orientações do grupo, as pessoas que moram próximas aos locais por onde passará o protesto podem disponibilizar o sinal de internet, para que os manifestantes possam compartilhar registros feitos durante a manifestação
Foto: Bruno Santos / Terra
13 de junho Plínio de Arruda Sampaio, ex-presidenciável pelo Psol, acompanhou a movimentação e criticou atos de vandalismo registrados em protestos anterioes
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press
13 de junho Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo Centro
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
13 de junho O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito
Foto: Bruno Santos / Terra
13 de junho No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento
Foto: Bruno Santos / Terra
13 de junho O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos cometidos, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas
Foto: Bruno Santos / Terra
13 de junho A repórter Giuliana Vallone, do jornal Folha de S. Paulo, foi atingida no olho por uma bala de borracha da PM
Foto: Guilherme Kastner / Brazil Photo Press
13 de junho Entre as orientações jurídicas, os manifestantes pedem, por meio do Facebook, atenção caso sejam presos. Na delegacia, leia tudo antes de assinar! Se o que estiver escrito não for a realidade, ou se você não disse alguma coisa que está escrita, não assine.
Foto: Leonardo Gali / vc repórter
13 de junho O repórter do Terra Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete de um policial militar enquanto cobria o protesto. O jornalista foi agredido no braço
Foto: Amauri Nehn / Brazil Photo Press
14 de junho O fotógrafo Sérgio Silva, da Futura Press, mostra o olho esquerdo, que foi atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar. Ele foi internado no hospital H. Olhos (Hospital de Olhos Paulista), no bairro Paraíso, e corre o risco de perder a visão
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação
17 de junho Militantes identificados com bandeiras de partidos foram hostilizados por manifestantes, que bradavam: "Nenhum partido nos representa"
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
17 de julho O jornalista Caco Barcellos, da TV Globo, e seus repórteres foram expulsos e não conseguiram ficar no protesto, que fechou a avenida Faria Lima
Foto: Fernando Borges / Terra
17 de junho Durante o percurso, muitos moradores dos prédios balançaram toalhas brancas na janela, em apoio ao movimento
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
17 de junho Membros do Movimento Passe Livre, que encabeça os protestos contra o aumento da tarifa de transporte público em São Paulo, afirmaram na manhã desta segunda-feira que só estão dispostos a negociar a revogação do reajuste
Foto: Euclides Oltramari Jr. / Futura Press
17 de junho A mobilização em São Paulo, que segue os contornos dos protestos iniciados em Porto Alegre, desencadeou outras jornadas de manifestação pelo País. Ela parte do descontentamento da população com o reajuste de R$ 0,20 do preço de ônibus, metrô e trem, mas também dá voz a questões que ultrapassam os centavos cotidianos
Foto: André Neublum Balistrieri / vc repórter
17 de junho Violência à parte - condenada pelo governo e pela maioria dos envolvidos -, a presença massiva da população nas ruas cria espaço para um debate sobre os espaços públicos nas metrópoles brasileiras contemporâneas, bem como questiona os moldes estabelecidos da representatividade da democracia brasileira
Foto: Léo Pinheiro / Futura Press
17 de junho Todos os protestos foram organizados e propagandeados pelo Movimento Passe Livre (MPL), que se declara independente e horizontal, sem presidentes, dirigentes ou chefes
Foto: Fernando Borges / Terra
17 de junho Um dos principais reflexos das manifestações é o caos no trânsito, já que milhares de pessoas fecham as principais ruas e avenidas da cidade durante a marcha
Foto: Ale Vianna / Brazil Photo Press
17 de junho Além de horizontal e sem um comando hierarquizado, o movimento se diz também heterogêneo, uma mistura de estudantes universitários de diversas áreas, professores, engenheiros e profissionais de diversas áreas
Foto: Léo Pinheiro / Futura Press
17 de junho O perfil "linear", segundo os próprios integrantes do grupo, que tem dado força e feito o movimento crescer, com adesão de milhares de pessoas a cada manifestação agendada para pedir a redução na passagem
Foto: Léo Pinheiro / Futura Press
17 de junho O perfil dos detidos na manifestação de terça-feira, dia 11, mostrou a heterogeneidade das pessoas que compõem os protestos, sem mesmo fazer parte do MPL
Foto: Léo Pinheiro / Futura Press
17 de junho Para o movimento que organiza os protestos e luta por mudanças na política de transportes públicos, a precarização dos serviços prestados e as más condições que os usuários enfrentam diariamente é um dos principais fatores que levaram diferentes setores a se unirem às manifestações
Foto: Marcos Bizzotto / Franco Guizzetti
17 de junho Um grupo de manifestantes conseguiu arrombar a portaria 2 do Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, por volta das 23h, e a polícia reagiu com bombas de efeito moral e gás de pimenta
Foto: Fernando Borges / Terra
17 de junho Apenas três equipes de polícia faziam a segurança externa do Palácio dos Bandeirantes antes da chegada dos manifestantes
Foto: Fernando Borges / Terra
17 de junho Manifestantes "alteraram" preço da passagem em ônibus que parou no local
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Cenário era de destruição e de caos na região central de São Paulo após ação de vândalos que se aproveitaram do protesto de milhares para depredar e saquear lojas
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Lojas Americanas também foram alvo de vândalos em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Durante protesto na noite desta terça-feira no centro de São Paulo, vândalos aproveitaram o fim do ato para praticar saques e destruir lojas e agências bancárias. Na foto, jovem depreda unidade da rede McDonald's
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
18 de junho - Após invadir loja da rede de fast food McDonald's, jovem utiliza máquina de sorvete no centro de São Paulo
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
18 de junho - Agência do banco Itaú foi depredada na praça do Patriarca em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Uma van da TV Record foi depredada e incendiada por manifestantes
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Uma van da TV Record foi depredada e incendiada por manifestantes
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Jovens chutam porta da prefeitura de São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Uma van da TV Record foi depredada e incendiada por manifestantes
Foto: Fernando Borges / Terra
18 de junho - Datafolha estimou que o protesto de hoje reuniu 50 mil pessoas em São Paulo. Na foto, os manifestantes se concentram em frente à prefeitura
Foto: AFP
18 de junho - Um grupo de manifestantes furou o bloqueio da Polícia Militar em frente à prefeitura de São Paulo e atirou grades que cercavam o prédio contra a porta
Foto: Ale Vianna / Brazil Photo Press
18 de junho - Policiais apenas observaram o ato pacífico de milhares de manifestantes que foram às ruas nesta terça-feira