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Chuva de mais de 14 horas mata 8 e faz Rio de Janeiro parar

6 abr 2010 - 08h29
(atualizado às 10h02)
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O temporal que cai sobre o Rio de Janeiro desde o fim da tarde da segunda-feira leva o caos à cidade na manhã desta terça e já matou pelo menos oito pessoas, segundo a Defesa Civil.

As mortes ocorreram em deslizamentos de terra nos morros da do Borel, Turano e Macacos, todos na zona norte da cidade. De acordo com a Defesa Civil, entre as vítimas estão um bebê de 5 meses e um criança de 9 anos. Outras cinco pessoas ficaram feridas em desabamentos e cinco estão desaparecidas.

A chuva está sendo considerada a mais forte dos últimos 30 anos na cidade. "A situação é crítica. São vias muito alagadas e paradas. A orientação para as pessoas é que não saiam de casa e evitem deslocamentos", disse por telefone o prefeito Eduardo Paes (PMDB).

A Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, transbordou e inundou as pistas em seu entorno. A Praça da Bandeira alagou logo no início do temporal e cobriu diversos carros que estavam no local ou que tentavam cruzar a região.

A rua Jardim Botânico, na zona sul, e vias adjacentes também estavam totalmente alagadas.

Equipes de apoio e resgate da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros encontravam dificuldades para chegar a locais de maior risco. Havia várias informações de deslizamentos de terra em toda a capital fluminense.

A ponte Rio-Niterói e os aeroportos operam de forma precária. "Está tudo parado há muitas horas. Demorei horas para pegar um ônibus aqui na Baixada Fluminense, e quando acessamos a ponte, parou de vez. Já liguei para o meu patrão e avisei que hoje não dá para trabalhar", disse a faxineira Zumira Santos.

O temporal derrubou árvores e comprometeu o abastecimento de energia em vários pontos da cidade. Não há previsão de normalização no fornecimento em alguns bairros.

Diante da forte chuva, as aulas nas escolas do Rio foram suspensas nesta terça-feira. O Tribunal de Justiça do Estado também cancelou todas as audiências marcadas para os fóruns da cidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a visita que faria ao Complexo do Alemão, onde inauguraria obras do Programa de Aceleração do Crescimento na comunidade.

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