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Chevron admite que 'pequeno' vazamento continua no Rio

23 nov 2011 - 20h01
(atualizado às 20h33)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Durante audiência pública na tarde desta quarta-feira na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, o presidente da petroleira Chevron, George Buck, admitiu que ainda há um "pequeno" vazamento de petróleo no Poço de Frade, Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Mais cedo, no entanto, ele havia dito que a contenção do vazamento havia sido concluída em 13 de novembro, quatro dias após o início das ações da concessionária para fechar o poço.

"Ainda está em curso o vazamento, mas no pior ponto de derramamento no fundo do mar o vazamento é pequeno. Vemos uma mancha de menos de três barris de petróleo na superfície do oceano", disse. Segundo Buck, a Chevron trabalha num protótipo de uma máquina para recolher o óleo derramado no mar brasileiro.

O presidente da Chevron foi questionado sobre os métodos para a retirada do óleo da água - e pode ter de pagar multa caso fique comprovado que a medida agrediu o meio ambiente. "Usamos a dispersão mecânica porque conseguir retirar uma mancha muito fina na superfície do oceano é muito difícil. Mas já recuperamos 350 m³ de água oleosa e será enviado para um lugar adequado de descarte", afirmou.

Outras denúncias que as autoridades brasileiras investigam a respeito da atuação da Chevron no Poço de Frade foram respondidas pelo presidente da petroleira. Segundo Buck, não há funcionários em situação ilegal trabalhando na extração de petróleo na área - havia a suspeita de que a Chevron havia trazido técnicos americanos para trabalhar no Brasil sem o visto de permanência para trabalho. "Coletamos cópias de todos os vistos e não encontramos irregularidades", disse.

O representante da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na comissão, o coordenador de segurança operacional da reguladora, Raphael Moura, negou que o acidente tenha acontecido porque a petroleira tentou atingir a camada pré-sal. "O plano da concessionária foi previamente aprovado pela ANP e não envolvia o pré-sal. O acidente ocorreu antes da Chevron atingir seu objetivo. Além disso, hoje a ANP proibiu a Chevron de tentar chegar ao pré-sal, por entender que há muito mais riscos envolvidos", afirmou.

A ANP determinou também a suspensão das atividades da petroleira. A proibição de perfurar novos poços de petróleo somente poderá ser revogada quando forem esclarecidas as causas e responsabilidades do acidente, além da empresa garantir o restabelecimento das condições de segurança na plataforma.

Fonte: Terra
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