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Cerveró muda versão e não cita Dilma e Lula em delação

14 jan 2016 - 08h41
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O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, modificou sua versão sobre um suposto repasse de propina de US$ 4 milhões, vindos do Revamp (Renovação do Parque de Refino) da refinaria de Pasadena, à campanha do ex-presidente Lula nas eleições de 2006. A presidente Dilma Rousseff também deixa de ser citada. A informação é do jornal Valor Econômico.

Em documento, citação do suposto repasse de propina ao ex-presidente Lula desaparece
Em documento, citação do suposto repasse de propina ao ex-presidente Lula desaparece
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil / O Financista

O documento obtido pelo jornal diz que as informações entregues por Cerveró à Operação Lava Jato mostram que “foi acertado que a Odebrecht faria o adiantamento de US$ 4 milhões para a campanha do presidente Lula, o que foi feito”.

Entretanto, no termo do depoimento do ex-diretor em que trata do assunto número 5 de sua delação, homologada pelo ministro Teori Zavascki, a citação do suposto repasse de propina ao ex-presidente Lula desaparece. A fonte do pagamento também muda e passa a ser a UTC em vez da Odebrecht.

“Foi decidido que (...) a contrapartida da UTC pela participação nas obras do Revamp seria o pagamento de propina; que se acertou que a UTC adiantaria uma propina de R$ 4 milhões, que seriam para a campanha de 2006, cuja destinação seria definida pelo senador Delcídio do Amaral”, diz o documento.

Outra diferença é a menção à presidente Dilma Rousseff. No resumo, Cerveró a cita por três vezes quando fala sobre Pasadena, mas não há o nome dela no termo homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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