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Caminhoneiros seguem bloqueando estradas apesar de acordo com o governo

26 fev 2015 - 11h20
(atualizado às 11h20)
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Os caminhoneiros mantiveram nesta quinta-feira o bloqueio de importantes estradas do Brasil apesar do acordo assinado na quarta-feira entre associações de proprietários de veículos de carga e o governo para encerrar os protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, informou a polícia.

O Brasil amanheceu nesta quinta-feira com interrupções do trânsito em estradas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, segundo um balanço da Polícia Rodoviária.

Também em estradas do Mato Grosso do Sul houve bloqueios de caminhoneiros autônomos, segundo a Agência Brasil, e de acordo com outros meios de comunicação, também continuam os protestos nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Os bloqueios iniciados há uma semana por centenas de caminhoneiros para exigir uma redução nos preços do diesel e um aumento nas taxas dos fretes provocaram uma situação de desabastecimento em várias cidades do país.

Os protestos continuam apesar do acordo feito na quarta-feira entre representantes do setor de cargas e o governo em Brasília.

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bom, informou que a proposta oficial foi aceita.

O governo se comprometeu a sancionar, sem vetos, a chamada Lei dos Caminhoneiros, enquanto a Justiça determinou a proibição de bloqueios nas estradas federais.

A citada lei, que estabelece regras e regula a profissão de caminhoneiro, foi aprovada em 11 de fevereiro pelo Congresso e espera agora a sanção "integral" da presidente Dilma Rousseff, apontou o secretário-geral da presidência, Miguel Rossetto.

"É uma reivindicação importante. Traz novidades e benefícios. Além disso, contempla a carência por 12 meses, ou seja, o não pagamento do financiamento por meio do programa 'Pró-caminhoneiro'", com o qual o governo outorgou créditos para a compra de veículos, relatou o ministro.

Segundo Rossetto, a Petrobras se comprometeu a não elevar o preço do diesel nos próximos seis meses.

Além do compromisso para não elevar o preço do combustível, Rossetto disse que serão as próprias entidades do setor as encarregadas de elaborar um documento que define o valor cobrado pelos fretes.

Do mesmo maneira, o ministro disse que o governo permitirá que os caminhões que transitem vazios ou com eixos suspensos não pagarão a tarifa do pedágio total aplicada atualmente.

"É uma resposta objetiva à expectativa dos caminhoneiros", ressaltou o ministro.

Rossetto, no entanto, advertiu que o prazo para entrar em vigência a nova lei dependerá da suspensão dos bloqueios nas estradas.

EFE   
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