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Caminhada Lésbica reúne centenas de pessoas em São Paulo

Polícia Militar estimou a presença de 500 pessoas no início da caminhada

1 jun 2013 - 17h24
(atualizado às 17h44)
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Centenas de pessoas participaram neste sábado da 11ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais, que teve início no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Manifestantes empunhavam uma grande faixa com os dizeres "O Estado brasileiro é laico" e pedindo o fim da homofobia. A Polícia Militar estimou a presença de 500 pessoas no início da caminhada. A expectativa dos organizadores era atrair 1,5 mil pessoas.

Os manifestantes fecharam três faixas da Avenida Paulista, sentido Paraíso-Consolação, e desceram a Rua Augusta até a Praça Roosevelt, no centro da capital, onde está programada, para mais tarde, uma série de shows. "Esse é um evento político para trazer visibilidade à causa das mulheres lésbicas e bissexuais", disse Mariana Rodrigues, da Liga Brasileira de Lésbicas e analista de relações internacionais, uma das organizadoras do evento.

Segundo Mariana, uma das principais lutas do movimento ainda é o do direito à vida, à segurança e à integridade do próprio corpo. "A gente tem muito medo de andar na rua e ser espancada. As mulheres, principalmente, sofrem estupros corretivos para que 'possam deixar de ser lésbicas'. A integridade física é o mínimo e não é garantida. A violência homofóbica tem crescido muito, comprovada por pesquisas e estatísticas", disse em entrevista à Agência Brasil.

O casal Cristiane Eugênio e Ana Paula Maria do Carmo acompanhou o evento pela primeira vez. Casadas desde novembro do ano passado, elas relatam episódios de discriminação e contam que foram obrigadas a esconder o relacionamento por muito tempo, principalmente na igreja que frequentavam.

"Já sofremos preconceito. Ficamos nove anos em uma mesma igreja, mas lá não podíamos nos assumir (homossexuais)", contou Cristiane. Hoje, elas frequentam um novo templo religioso que aceita as duas como casal. "As pessoas precisam respeitar a orientação sexual que nós temos e saber que isso não é um problema demoníaco e que também não é uma escolha: nós nascemos assim e vamos ser assim", disse Cristiane.

Agência Brasil Agência Brasil
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