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Bulgária espera Dilma com tesouro em ouro e árvore genealógica

4 out 2011 - 11h41
(atualizado às 12h27)
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A presidente Dilma Rouseff inicia na quarta-feira uma visita oficial à Bulgária, terra de seus antepassados, durante a qual será presenteada com a árvore genealógica de sua família e uma réplica do maior tesouro em ouro descoberto na região dos Bálcãs.

Antes de visitar a Bulgária, Dilma teve compromissos políticos na Bélgica
Antes de visitar a Bulgária, Dilma teve compromissos políticos na Bélgica
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Agência Brasil

As informações são de fontes na Presidência búlgara, poucas horas antes da esperada chegada de Dilma ao país onde nasceu o pai da chefe do Estado brasileiro.

Convidada pelo colega búlgaro, Georgi Purvanov, a governante, que no país balcânico conta com muitos admiradores, vai partir de Bruxelas na noite desta terça-feira para iniciar uma visita de dois dias à Bulgária.

O chefe do Estado do país anfitrião deve presenteá-la com uma réplica do Tesouro de Ouro de Panagyurishte, um conjunto de 9 vasilhas de ouro utilizadas para diversos ritos na antiguidade que foram achados em 1949 perto da cidade de mesmo nome, a 100 km de Sófia.

Segundo explicou à Agência Efe um diplomata que pediu anonimato, o tesouro, de mais de 6 kg de ouro, é um dos orgulhos búlgaros, e por isso Sófia costuma presentear com réplicas pessoas que merecem respeito especial.

Dilma vai abrir sua agenda oficial nesta quarta-feira, acompanhada de Parvanov, levando flores ao túmulo do soldado desconhecido em Sófia. Nesta cerimônia a presidente será acompanhada por Parvanov, quem depois vai impor a ela a maior ordem concedida na Bulgária, a Stara Planina. A presidente vai retribuir o gesto condecorando o chefe do Estado búlgaro com a ordem do Cruzeiro do Sul.

Dilma se reunirá também com o primeiro-ministro do país anfitrião, Boiko Borisov, e com a presidente do Parlamento, Tsetska Tsacheva. No jantar oficial da quarta-feira, oferecido pelo presidente, o tesouro em ouro será entregue a presidente.

Espera-se que nesta visita, que na sexta-feira vai coincidir com os 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os países, a presidente brasileira participe de um fórum de empresários das duas nações para discutir potenciais sociedades com a Bulgária e possibilidades de investimento.

Entre outros temas vão abordar a abertura de uma base de conserto de aeronaves da Embraer na Bulgária, tornando-se ponto estratégico nos Bálcãs.

Conforme a agenda, na sexta-feira Dilma visita a antiga capital do país, Veliko Tarnovo, onde vai conhecer a fortaleza medieval Tsarevets, antes de partir para Gábrovo, cidade onde nasceu seu pai. Lá a presidente conversa com familiares e autoridades municipais, e visita a exposição sobre sua família que está no Museu Regional de História.

A exposição sobre as raízes búlgaras de Dilma Rousseff e que mostra a árvore genealógica de sua família nos últimos 350 anos foi criada há um ano em homenagem a presidente após sua eleição como presidente do Brasil.

Pouco conhecida na Bulgária antes de se transformar no braço direito do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma se transformou neste ano em um personagem muito popular no país.

Esse orgulho é especialmente palpável em Gábrovo, uma antiga cidade industrial de 60 mil habitantes, onde nasceu e viveu o pai de Dilma, Petar Rusev, até emigrar em 1929, primeiro à França, depois à Argentina e, finalmente, para o Brasil, onde se instalou de forma definitiva e mudou seu nome e sobrenome para Pedro Rousseff para facilitar a pronúncia em português.

EFE   
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