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Brasileiros ingeriram 2 t de inibidor de apetite em 2009

30 mar 2010 - 13h09
(atualizado às 13h12)
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A população brasileira consumiu, em 2009, quase 2 toneladas do inibidor de apetite sibutramina. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), durante a divulgação do primeiro relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

A sibutramina foi proibida em países da Comunidade Europeia e teve sua restrição ampliada nos Estados Unidos. No Brasil, o medicamento agora só pode ser vendido com a apresentação de receituário especial, de cor azul, de acordo com norma publicada hoje no Diário Oficial da União.

O relatório da Anvisa inclui o consumo de mais três psicotrópicos anorexígenos ¿ anfepramona, femproporex e mazindol. De acordo com os dados, foram consumidos 1,9 tonelada de sibutramina no ano passado. No mesmo período, o consumo de femproporex chegou a 1 tonelada, o de anfepramona, a 3 toneladas, e o de mazindol, a 2,3 quilos.

A agência reguladora monitorou ainda o uso do cloridrato de fluoxetina e do cloridrato de metilfenidato, que são, respectivamente, um antidepressivo e um estimulante do sistema nervoso central utilizados para combater o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. No ano passado, 3,5 toneladas do antidepressivo e quase 175 quilos do estimulante foram consumidos.

Segundo a Anvisa, a fluoxetina apresenta indícios de abuso e desvio de uso para outras finalidades. Já o metilfenidato é foco de estudos e questionamentos sobre a utilização em massa e quanto a seus efeitos secundários. Esse medicamento vem sendo usado para emagrecer, por exemplo.

O consumo indevido de medicamentos em geral ¿ sobretudo de psicotrópicos ¿ é considerado pela Anvisa um problema de saúde pública. Em 2006, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da Organização das Nações Unidas (ONU) indicou o Brasil como maior consumidor mundial de anfetaminas com finalidade emagrecedora, com um total de 9,1 doses diárias para cada mil habitantes.

Agência Brasil Agência Brasil
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