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Ásia

Brasileiros dão relatos sobre tsunami após desembarque em SP

14 mar 2011 - 18h29
(atualizado às 18h33)
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Brasileiros vindos do Japão desembarcaram nesta segunda-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Eles relataram a situação de calamidade decorrente do forte terremoto, seguido de tsunami, que atingiu o país asiático na sexta-feira.

info infográfico formação tsunami
info infográfico formação tsunami
Foto: AFP

Neusa Igha, que trabalhava como cozinheira em Saitama, no Norte do país, disse que a cidade dela pouco sofreu com o sismo, mas as cidades mais próximas do epicentro do tremor ficaram destruídas. "Passei um susto muito grande, foi terrível, teve cidades que foram destruídas totalmente, não tem mais nada. O pessoal está em uma situação muito difícil. Morreram muitas pessoas. Estamos doando materiais, alimentos e dinheiro", afirmou.

Apesar de viver no Japão há muitos anos e de já ter passado por outros terremotos, Neusa destacou que o tremor da última sexta-feira foi o de maior intensidade que ela já sentiu. "Faz 20 anos que estou no Japão. Tudo começou a tremer, estávamos no subsolo e todo mundo subiu. Depois, começou de novo, e foi assim várias e várias vezes. Já tinha passado por isso, mas nunca foi tão forte".

Carlos Fumoto, operário e morador da cidade de Toyota, na Região Central do país, disse que nunca tinha sentido um tremor de terra tão violento e que temeu pelo desmoronamento da casa onde mora. "A gente nunca experimentou um terremoto de grau muito grande (na escala Richter). E fica a preocupação se vai cair alguma coisa, se a casa vai cair".

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1,8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

Agência Brasil Agência Brasil
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