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Brasil vai medir temperatura de turistas de países com ebola

Além de ter a temperatura aferida por meio de uma pistola, os passageiros provenientes dos três países vão receber um panfleto com informações sobre sintomas da doença

31 out 2014 - 22h44
(atualizado às 22h47)
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<p>Na imagem, homem que teve suspeita de contrair o vírus do ebola chega ao centro de tratamento no Rio de Janeiro, no início do mês. As suspeitas foram descartadas</p>
Na imagem, homem que teve suspeita de contrair o vírus do ebola chega ao centro de tratamento no Rio de Janeiro, no início do mês. As suspeitas foram descartadas
Foto: Mauro dos Santos / Reuters

O Brasil vai aferir a temperatura de passageiros que chegam ao país oriundos da Guiné, de Serra Leoa e da Libéria, numa tentativa de identificar casos suspeitos de ebola. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e já está sendo implementada desde as 5h de hoje (31) no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

De acordo com a pasta, um cartaz de aviso no próprio aeroporto vai orientar essas pessoas a se identificar ao oficial de imigração no momento do controle de passaportes. Em seguida, eles serão encaminhados para uma entrevista no posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Veja como o Ebola ataca o organismo:

Além de ter a temperatura aferida por meio de uma pistola, os passageiros provenientes dos três países vão receber um panfleto com informações sobre sintomas da doença e com orientações a respeito do serviço de saúde brasileiro. No material, constará a data limite de incubação do vírus ebola naquele passageiro.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o aeroporto de Guarulhos responde por 78% do total de passageiros que chegaram ao Brasil, desde janeiro, vindos da Guiné, de Serra Leoa e da Libéria. Segundo ele, 529 pessoas oriundas desses três países desembarcaram no Brasil este ano.

“A gente acredita que essas medidas prestam uma informação importante para o passageiro internacional e facilitam a comunicação dele com a unidade de saúde, fazendo com que haja informação precisa”, explicou Jarbas.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que os países atingidos pela epidemia de ebola não contam com serviços de saúde universais e gratuitos e que é importante que os passageiros, uma vez no Brasil, se sintam à vontade para buscar atendimento médico caso apresentem sintomas da doença. "Estamos tentando desenvolver uma abordagem que facilite e estimule que qualquer pessoa oriunda desses países e que venha a ter qualquer sintoma possa procurar o serviço de saúde e já chegar com uma ficha de informações.”

Chioro reforçou que o risco de que a doença chegue ao Brasil permanece “baixíssimo” e avaliou que a pasta não pretende adotar nenhuma medida que envolva o controle de viagens ou mesmo o impedimento da entrada de passageiros provenientes dos países atingidos pela epidemia. “Isso não faz nenhum sentido. Não há nenhuma recomendação por parte da Organização Mundial da Saúde e das Nações Unidas e é uma medida que nós não adotaremos.”

A expectativa do governo é que esse monitoramento, feito inicialmente no aeroporto de Guarulhos, seja estendido aos demais aeroportos que recebem passageiros oriundos da Guiné, de Serra Leoa e da Libéria até o final de novembro. A lista inclui o aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro), o de Viracopos (Campinas), o de Brasília, o de Fortaleza e o de Salvador.

Não há voos diretos entre o Brasil e os países afetados pela epidemia de ebola na África Ocidental.

Foto: Terra Arte
Fonte: Terra
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