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Brasil quer ampliar participação no setor nuclear mundial

26 set 2009 - 12h24
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O Brasilestá se preparando para ampliar sua presença no mercadonuclear internacional. O presidente da AssociaçãoBrasileira de Energia Nuclear (Aben), Guilherme Camargo, disse à

Agência Brasil

que existe um consenso mundial de que aenergia nuclear é uma alternativa economicamente viávele ambientalmente sustentável para suceder os combustíveisfósseis, como o petróleo e o carvão, ao longodeste século.

"E nós estamosnos preparando. O Brasil é rico em recursos uraníferos- tem uma das maiores reservas de urânio do mundo - e nãopode perder essa oportunidade do novo ciclo energético quecertamente virá, baseado na energia nuclear", afirmou.

O Brasil tem a sextamaior reserva de urânio do mundo, com apenas um terço doterritório prospectado. Camargo disse que isso abre umpotencial grande para que o país possa estar, dentro de algunsanos, entre as duas ou três maiores reservas do mundo. Alémdisso, o país domina o ciclo completo do combustívelnuclear com tecnologia de ultracentrifugação,desenvolvida no país. "Essa é, sem dúvida, amelhor tecnologia do mundo para enriquecimento de urânio",disse Camargo.

Ele afirmou ainda que oBrasil se encontra hoje em uma situação de novosdesafios na área nuclear. "Estamos retomando a construçãoda Usina Angra 3, temos a perspectiva de implantação deuma nova mina de urânio no município de Santa Quitéria(CE) e, ao mesmo tempo, o governo, por meio da Eletronuclear, estáestudando as alternativas de localização da quartausina nuclear no Nordeste do país. Esse é um cenárioanimador para o setor nuclear brasileiro".

Segundo o presidente daAben, os investimentos em infraestrutura são fundamentais paraque haja uma recuperação sustentável daseconomias do Brasil e dos demais países do mundo, apósa crise financeira internacional. Camargo mencionou, nesse sentido, odiscurso feito esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula daSilva na Organização das Nações Unidas(ONU), sobre a falência do modelo financeiro vigente no mundoao longo das duas últimas décadas.

"No entendimento daAben e da comunidade nuclear, os investimentos em infraestrttura,energia, transportes, eletrificação, na indústriade base e na indústria de bens de capital sãofundamentais para que os países possam retomar o crescimento egerar os empregos e o bem estar social que a populaçãoprecisa. E a energia nuclear se inclui dentro desse cenário deretomada dos investimentos produtivos", disse.

A Aben promove a partir de amanhã(27), no Rio de Janeiro, a International Nuclear Atlantic Conference(Inac 2009). Maior conferência nuclear do HemisférioSul, a Inac 2009 conta até o momento com 1.500 pessoasinscritas e 900 trabalhos aprovados, que serão apresentadosdurante o evento, previsto para se estender até o próximodia 2 de outubro.

Segundo Camargo, isso demonstra aforça e o compromisso da comunidade nuclear nacional einternacional de consolidar a energia nuclear como uma tecnologia"fundamental e imprescindível" para oprogresso da humanidade.

Agência Brasil Agência Brasil
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