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Brasil e Cuba firmam acordo para combater câncer e diabetes

23 set 2011 - 11h37
(atualizado às 13h07)
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Cuba e Brasil assinaram em Havana um acordo de colaboração na área de saúde e biotecnologia para combater o câncer e a diabetes, doenças contra as quais Cuba possui tratamentos avançados, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O projeto de cooperação chamado "Fortalecimento e organização de pesquisa clínica para o câncer" foi assinado pelos ministros da Saúde, Roberto Morales, de Cuba, e Alexandre Padilha, do Brasil.

"Temos expectativas de avançar concretamente na área, não só para nossos países, mas para o resto do mundo. Esperamos alcançar o acesso universal aos medicamentos, que é um direito fundamental da saúde", disse o ministro brasileiro, citado pelo jornal Granma.

O acordo enfatiza a necessidade de garantir que pessoas necessitadas, em particular quem sofre com câncer e diabetes, tenham acesso a medicamentos produzidos em Cuba. A agência de notícias Prensa Latina ressaltou a vasta experiência do país nesse segmento.

Padilha disse que espera poder produzir e utilizar no Brasil medicamentos biotecnológicos cubanos. Além disso, espera que ambos os países possam conquistar o mercado global em tratamentos contra o câncer, a diabetes e doenças renais.

O ministro visitará nesta sexta-feira a Escola Latino-americana de Medicina, onde estudam 600 brasileiros. Ele afirmou que pretende aproveitar esta visita "para dar passos concretos que permitam aos brasileiros que estudam em Cuba contribuir mais com a saúde dos compatriotas".

Brasil e Cuba são parceiros na saúde desde 1996. As colaborações incluem projetos de cooperação na área de biotecnologia e vigilância sanitária.

Cuba ampliou sua colaboração médica para 66 países, onde trabalham 39.148 médicos e paramédicos cubanos. A ilha registrou neste ano a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão, e testa outra contra tumores que afetam a próstata. O país desenvolveu o medicamento Heberprot-P, único no mundo eficaz para o tratamento de úlceras em pessoas diabéticas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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